De Boa Intenção o Inferno Está Cheio: antecedentes e emissores que influenciam o comportamento dos jovens conversarem com a família sobre doação de órgãos

Curso: 

  • CDAE

Área de conhecimento: 

  • Estratégias de Marketing

Autor(es): 

  • Severino Domingos Silva Júnior

Orientador: 

Ano: 

2020

Um dos pontos determinantes para reduzir a lista de espera por doadores de órgãos é promover campanhas para comunicar a necessidade de conversar sobre doação de órgãos nas famílias. Posto isto, reconhecemos que a Pesquisa Transformativa do Consumidor (Transformative Consumer Research - TCR) pode desempenhar um papel importante na resolução desse problema, adotando essa perspectiva conceitual para analisar a importância de elucidar quais as principais variáveis que podem influenciar no comportamento de conversar com a família sobre doação de órgãos. Para tanto, propomos e testamos um modelo teórico para avaliar se as atitudes do potencial doador em relação à doação de órgãos (convicção moral e humana, medo de negligência médica, e medo de mutilação do corpo) e sua religiosidade influenciam as intenções de doar órgãos e de conversar com a família sobre doar órgãos, e estas o comportamento real de conversa. Finalmente, consideramos o papel moderador do emissor da mensagem no modelo, avaliando dez possíveis emissores: padre e freira, médico e médica, enfermeiro e enfermeira, transplantado e transplantada, emissor e emissora sem identificação. Referente aos métodos, realizamos o estudo em duas etapas, uma pesquisa exploratória qualitativa e complementar, com entrevistas e observação participante, que contribuiu para a construção do modelo conceitual, e uma pesquisa quantitativa para testar o modelo, conduzida em dois tempos, com coleta de dados sobre atitudes, religiosidade e intenção primeiro, seguida da coleta de dados sobre a realização do comportamento esperado de conversa com a família. Os dados obtidos foram analisados em três estágios, com uma amostra final de 506 respondentes jovens. Nossos resultados deram indícios de que as variáveis atitudinais Convicção Moral e Humana, Medo de Negligência Médica e Medo de Mutilação do Corpo influenciam a intenção de doar e de conversar com a família sobre doação de órgãos, bem como o comportamento real dos jovens. As variáveis intencionais também foram confirmadas como mediadoras do modelo. Ademais, os resultados apontam que o enfermeiro é o único emissor que causa influência a relação entre atitude e comportamento real mediada pelos fatores intencionais, sendo, por isso, o emissor sugerido para comunicar a importância de conversar com a família sobre a doação de órgãos com foco positivo em aspectos relativos à convicção moral e humana dos jovens brasileiros, sobretudo.

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