Curso:
- MPGI
Área de conhecimento:
- Estudos Organizacionais
Autor(es):
- Pierre-Louis Brigant
Orientador:
Ano:
After experiencing strong economic growth in the first decade of the 21st century, Brazil and Turkey have been regarded as two of the most dynamic and promising emerging economies. Nevertheless, several signs of economic difficulties and political tensions have recently been reappearing simultaneously in both countries. We believe that these signs and their simultaneity in the two countries are better understood by taking a retrospective look into both countries’ economic history, which reveal to be surprisingly parallel. In a first part, a comprehensive comparison of Brazil and Turkey’s economic history is undertaken to show the numerous similarities in the economic policy challenges and choices that both countries went through from the turn of the Great Depression to the first decade of the 21st century. These common economic policy choices define a remarkably analogous development path characterized first by the adoption of the import-substitution industrialization (ISI) model in the context of the world recession in the 1930s, then by the intensification and final crisis of this model in the 1980s, and finally by two decades of stabilization and transition to a liberal economic model. In a second part, the development of economic and political institutions as well as the underlying political economy in both countries are analysed comparatively with a view to providing elements of explanation for the parallel observed in the first part. We contend that the institutional framework set up in both countries throughout this period also shared many fundamental characteristics and contributes to explain the comparable economic policy choices and economic performance. This study intends to give some helpful background to understand the current context in both countries. It is also an invitation to consider emerging economies in a broader historical and comparative perspective in order to better comprehend their institutional weaknesses and adopt a balanced view of their economic potential.
Após uma década de rápido crescimento econômico na primeira década do século 21, Brasil e Turquia foram considerados duas das economias emergentes mais dinâmicas e promissoras. No entanto, vários sinais de dificuldades econômicas e tensões políticas reapareceram recentemente e simultaneamente nos dois países. Acreditamos que esses sinais e a sua simultaneidade podem ser entendidos melhor com um olhar retrospectivo sobre a história econômica dos dois países, que revela ser surpreendentemente paralela. Numa primeira parte, empreendemos uma comparação abrangente da história econômica brasileira e turca para mostrar as numerosas similaridades entre os desafios de política econômica que os dois países enfrentaram, assim como entre as respostas que eles lhes deram desde a virada da Grande Depressão até a primeira década do século 21. Essas escolhas de política econômica comuns dão forma a uma trajetória de desenvolvimento notavelmente análoga, caracterizada primeiro pela adoção do modelo de industrialização por substituição das importações (ISI) no contexto da recessão mundial dos anos 1930; depois pela intensificação e crise final desse modelo nos anos 1980; e finalmente por duas décadas de estabilização e transição para um modelo econômico mais liberal. Numa segunda parte, o desenvolvimento das instituições econômicas e políticas, assim como da economia política subjacente nos dois países, são analisados comparativamente a fim de prover alguns elementos de explicação do paralelo observado na primeira parte. Sustentamos que o marco institucional estabelecido nos dois países durante esse período também têm varias características fundamentais em comum e contribui a explicar as escolhas de política econômica e as performances econômicas comparáveis, detalhadas na primeira parte. Este estudo aborda elementos do contexto histórico úteis para compreender a situação econômica e política atual nos dois países. Potencialmente também constitui uma tentativa de considerar as economias emergentes numa perspectiva histórica e comparativa mais ampla para entender melhor as suas fraquezas institucionais e adotar um olhar mais equilibrado sobre seu potencial econômico.