Curso:
- MPGC
Área de conhecimento:
- Gestão de Operações e Logística
Autor(es):
- Magali Aquino
Orientador:
Ano:
O termo blockchain, popularizado em 2016, é conhecido hoje por sua relevância para as criptomoedas, ou moedas digitais. No final do ano de 2018, a indústria financeira no Brasil e no mundo estava na dianteira na exploração e aplicação de blockchain, procurando eficiência nas operações sistemáticas de pagamentos e moedas. A área de Cadeia de Suprimentos, embora seja a que mais evolui na tecnologia de negócios, tem poucos casos na mesma fase de aplicação e divulgação que a área financeira no Brasil. Neste cenário, o objetivo deste trabalho exploratório foi avaliar o nível de conhecimento sobre a aplicabilidade da tecnologia de blockchain, a real ou efetiva adoção e vantagens e desvantagens na gestão de cadeias de suprimentos. Baseado em metodologia quantitativa, um questionário foi aplicado para capturar o nível de conhecimento sobre blockchain dos profissionais de cadeias de suprimentos e a adoção nas organizações onde eles trabalham. O questionário também visou avaliar a percepção da aplicabilidade e identificação por parte dos participantes, das oportunidades e desafios da tecnologia, a percepção do potencial disruptivo e de vantagem competitiva, assim como a relevância da adoção no plano estratégico para as organizações onde os participantes trabalham e a área funcional predominante das organizações que toma as decisões chaves de adoção. Finalmente, a pesquisa conseguiu mapear os tipos de projetos a serem trabalhados em 2019 no Brasil: o tipo de uso e modelo de blockchain e o orçamento destinado à adoção da tecnologia a curto prazo. Como resultado, foi possível evidenciar que a mídia tem sido o principal formador de opinião em relação a blockchain para os gestores. A liderança, ainda sem perceber casos tangíveis de aplicação nas indústrias de transformação, consegue se posicionar com vantagens e desafios de adoção, enviesados pelos casos divulgados pela consultoria. As alavancas de adoção estão ligadas a crenças filosóficas dos gestores, acima dos incentivos econômicos, efeito de rede e perspectivas tecnológicas, conforme o modelo de adoção de blockchain de Koens e Poll (2018). Existem ainda poucos projetos com orçamentos destinados à adoção em blockchain em 2019.