[INTRODUÇÃO] Deparamo-nos com uma grande dificuldade ao procurarmos posicionar o mercado financeiro brasileiro nos dias atuais. Isso porque existe uma grande carência de informações do setor para consulta, agravada, principalmente, pela velocidade das mudanças ocasionadas pelas inovações tecnológicas e organizacionais. Desta forma, o presente estudo visa fazer um apanhado geral das principais questões relativas a essas mudanças, bem como num primeiro momento indicar as principais razões que proporcionaram tais inovações. Assim, poder-se-á ter um visão clara desses avanços e suas conseqüências, de modo a, inclusive, traçar perspectivas e tendências de inovação. [METODOLOGIA] Como o propósito inicial do trabalho é tratar do caso brasileiro, tornou-se imprescindível a análise das mudanças político-econômicas recentes, que em muito contribuíram para a criação de um novo cenário no mercado financeiro nacional. Contudo, não se pôde deixar de lado, obviamente, que a “era inflacionária” que precedeu nossa história recente em muito contribui para criar um dos sistemas interbancários mais ágeis do mundo (por exemplo, o de compensação de cheques). Para realizar tal intento, foi realizado, a partir de uma esquematização histórica previamente traçada, e à luz de seus aspectos mais relevantes, o levantamento da evolução das tecnológicas (e administrativas) bancárias, a partir de fontes de estudos realizados sobre o tema (UNIBANCO, BRADESCO e FEBRABAN), jornais, revistas e, principalmente, visitas a departamentos de informações, sistemas e negócios do BANCO DE BOSTON, CITIBANK e UNIBANCO. [RESULTADOS] Os estudos bibliográficos permitiram um contato satisfatório com a história do desenvolvimento do sistema bancário nacional, bem como o processo pelo qual os bancos estrangeiros foram no decorrer de nosso desenvolvimento tomando-se parte integrante de nosso mercado financeiro. Com o desenvolvimento da pesquisa pôde-se traçar um perfil inicial do sistema bancário brasileiro no que se refere à evolução tecnológica e, sempre que possível comparando-a com outros países. Notou-se que com a recente estabilização da economia que, o cenário tecnológico bancário brasileiro desenvolveu com sucesso alguns pontos quando da época de inflação alta, mas contudo, ficou atrás de outras economias mundiais em outros aspectos do sistema financeiro. [CONCLUSÃO] A grande inflação com a qual convivíamos tornava possível uma incrível margem de lucratividade aos bancos; com seu fim, essas instituições viram-se obrigadas a atrair investimentos dentro de um novo contexto: comprometimento com a obtenção de receita a partir de taxas cobradas por serviços. Com isso, a concorrência entre os bancos e a busca da qualidade dos serviços prestados passou a ser um dos fatores mais motivadores das inovações recentes, em termos de tecnologia, tornando-se um setor cada vez mais amplo e dinâmico passível de novos trabalhos de pesquisa.