A SITUAÇÃO DO AGENTE COMUNITÁRIO ENTRE O ESTADO E A "COMUNIDADE"

Autor(es): 

Decio Thomas de P. Machado - Orientador: Prof. Luis Guilherme Galeão da Silva

Ano: 

2009

Instituição: 

FGV-EAESP

[INTRODUÇÃO] A pesquisa teve como objetivo conhecer as relações entre os agentes de proteção a família (APS), suas relações como agentes burocráticos do Estado e ao mesmo tempo, pertencentes às “comunidades carentes”, tendo como pressupostos a emancipação dos Homens,e por conseqüência direta, a capacidade das agentes realizarem a crítica ao sistema vigente, ou seja, conhecer os seus papéis que poderiam se configurar numa contradição entre reprodutores da ordem social do Capital e, ao mesmo tempo, resistentes a mesma. A análise da pesquisa foi feita a partir do referencial teórico de autores críticos.[METODOLOGIA]O método utilizado foi o do acompanhamento das APS, através da observação participante, que consiste em ficar face-a-face com os pesquisados, coletando dados e também através de entrevistas com as mesmas. Considerou-se necessário utilizar categorias advindas da psicodinâmica do trabalho tais como, sofrimento, realização por meio do trabalho e sofrimento social em conjunto com conceitos filosóficos e sociológicos de autores como Adorno, Marcuse, Zizek e Bauman. [RESULTADOS] Após a observação empírica, descreveu-se as características do programa na qual as agentes estão inseridas, O PAF( Programa Ação Família), partiu-se para uma análise das funções das APS no programa,e os resultados foram: o programa que as APS estão inseridas fazem parte do sistema do Capital, sendo assim, um entrave muito forte ao desenvolvimento das metas do programa(promover uma maior independência aos beneficiados) e também a quase impossibilidade de chances de realização da crítica dentro do esquema no qual as agentes estão inseridas [CONCLUSÃO] O trabalho termina em tom pessimista, rejeitando as pressuposições iniciais da capacidade de crítica(ao sistema) das agentes, e da emancipação. Referindo-se a isso, o trabalho não acaba em tom resignatório, dizendo que não há alternativa para a Ordem atual.A pesquisa indica somente as grandes dificuldades de realização, e não a impossibilidade da potencialidade de efetivação de um mundo mais justo e digno.

Departamento: 

GEP

Anexos: