A QUESTÃO DO HIV/AIDS NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

Autor(es): 

Luiz Augusto Fantini Junior - Orientador: Ana Maria Malik

Ano: 

2016

Instituição: 

FGV-EAESP

[INTRODUÇÃO] Pretendeu-se com o desenvolvimento dessa pesquisa adentrar na realidade municipal de São Paulo, conhecendo, analisando e interpretando os processos de gestão bem como a realidade do HIV e das políticas públicas na sua atuação. Os objetivos específicos se enquadram na análise do impacto gerado a partir do orçamento inicial repassado ao programa de AIDS do município de São Paulo, aprofundando na gestão financeira municipal, na identificação e capacitação dos profissionais da área e na pesquisa e análise crítica das políticas públicas de atuação, tanto no que se refere ao combate à doença bem como à assistência aos acometidos pela mesma. Por fim, teve-se como objetivo final o desenvolvimento de uma visão crítica sobre a estrutura municipal voltada para a questão da saúde no que corresponde ao programa de DST/AIDS do município de São Paulo. [METODOLOGIA] Esta pesquisa desenvolveu uma abordagem qualitativa sobre o tema do HIV/AIDS e sobre os esforços da gestão municipal paulistana nessa área específica. Além disso, buscou a formulação de políticas públicas sobre o assunto, buscando pontos fortes e pontos fracos dos mecanismos de gestão da realidade municipal no que se refere ao tema do HIV/AIDS. Para isso, a pesquisa foi dividida em duas partes. A primeira delas foi a imersão no tema, visando o levantamento dos projetos em andamento no município de São Paulo por meio da coleta de dados em órgãos públicos de saúde além de buscas na internet e a procura de documentos específicos. Em adição, entrevistas com acadêmicos, equipes de nível central e especialistas da área se tornaram fundamentais. Em seguida, seguindo uma linha mais exploratória, buscou-se detalhar pontos positivos e negativos – como, por exemplo, a capacitação de profissionais, a arrecadação e o gerenciamento de divisas e os processos de gestão do município sobre o assunto. [RESULTADOS] No que se refere à estrutura existente, com os dados coletados na Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo, no departamento de HIV/AIDS do município e na internet, pode-se inferir que se trata de um sistema bem organizado, executando o que se compromete a fazer de forma satisfatória e relativamente rápida. Existem atualmente diversos lugares que possuem o teste rápido, sendo, portanto, de relativo fácil acesso. Além da realização deste, há orientação psicológica e encaminhamento para outros centros que tratem da doença com maior propriedade e detalhamento técnico, como o Hospital Emílio Ribas, por exemplo. A análise estrutural atual do município evidencia que este é completo e está tanto fisicamente quanto tecnicamente preparado, tanto para atuar no quesito prevenção quanto para o tratamento da doença. Os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) são de relativo fácil acesso para a população, o que aumenta abrangência do serviço. [CONCLUSÃO] Após a obtenção de dados, entrevistas e documentação apropriada, pode-se inferir que a gestão do programa municipal de DST, em específico de HIV/AIDS, é satisfatória e cumpre as diretrizes a que propõe, tanto na disponibilidade do teste que detecta a presença do vírus quanto no encaminhamento dos infectados e seu posterior tratamento, com remédios de alta qualidade e fornecidos de forma inteiramente sem ônus pelo Sistema Único de Saúde além do acompanhamento psicológico fornecido pelo município – presente nas populações mais vulneráveis socialmente, como os homossexuais, transexuais, transgêneros e travestis. De acordo com os entrevistados e com a literatura, o Brasil – em especifico São Paulo – se tornou um exemplo mundial no que diz respeito ao combate ao HIV/AIDS.

Departamento: 

ADM

Anexos: