[INTRODUÇÃO] O desenvolvimento local é um recorte dimensional usado para estudar a melhoria do bem-estar de uma população através, incialmente, da melhoria econômica de uma localidade. Ele surge na segunda metade do século XIX com o fim dos modelos tradicionais de desenvolvimento econômicos do pós-guerra. Alguns planos de desenvolvimento através de distritos industriais, dentre eles os distritos ancorados por equipamentos públicos. Ann Markusen (1995) estuda sobre as novas dinâmicas econômicas desses distritos industriais, relatando alguns casos de articulação e cooperação entre universidades e indústrias como forma de desenvolvimento local. Mas pouco ainda se sabe sobre os desafios de articulação no mundo, porém se sabe das vantagens de articular alguns agentes locais. Mas por quais razões essa suposta articulação poderia não ocorrer dentro de um contexto local ainda é campo de estudos por possuir inúmeras variáveis influentes. No Brasil, e mais específico em São Paulo, o papel das Universidade Estaduais de São Paulo é controverso, por um lado tem o papel de levar para outras regiões conteúdos ainda não explorados, mas possui o desafio de se inserir localmente para ajudar no desenvolvimento econômico e social da localidade, mas isso pode não acontecer.[METODOLOGIA]O estudo foi construído através do levantamento de questões estruturarias, dificuldades dos agente locais, oportunidades entre eles e suas demandas. Além disso, foi utilizado uma série de entrevistas com agentes locais, possíveis responsáveis pelo desenvolvimento local de Franca, local estudado nessa pesquisa, sobre a articulação de UNESP de Franca e o setor de calçados local. [RESULTADOS]. Encontra-se com a participação e relatos de alguns agentes locais que, além das dificuldades estruturais impostas, como burocracia, escassez de cursos e cursos pouco proveitosos para a matriz produtiva local, uma série de vieses e impressões sobre agentes locais, tanto por parte da universidade e seus alunos, a comunidade local e o setor industrial, impedem que a articulação aconteça. A existência de um desejo de projetar programas e parcerias para melhoria entre universidade e setor produtivo, mas que não ocorre, por descolamento e questões práticas de atuação dos alunos no setor produtivo da cidade. E ainda a dificuldade de inserção local da UNESP com a comunidade de Franca e um ausência do poder público na criação de espaços para que a articulação ocorra. [CONCLUSÃO] Aprende-se com esse estudo que o papel de articulação pode ser uma forma de inserir um equipamento publico, como a UNESP, no contexto local e que isso pode ser benéfico para todos. E que políticas públicas de incentivos a articulação são fundamentais para melhoria socioeconômica de uma região, sem isso, existe um desperdício de recursos financeiros. E que o protagonismo desses agentes pode ser prejudicial em alguns casos, principalmente quando a articulação ocorre através dos interesses individuais atuais de alunos, professores, comunidade local e empresários dos setores produtivos. As instituições e o poder público devem construir laços locais que ajude ela a se inserirem de forma local par aumentar suas capacidades de impulsionar o desenvolvimento econômicos desses lugares.