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[INTRODUÇÃO] O presente trabalho apresentará um estudo sobre o fenômeno da “cracolândia” desde seu início, contando com entrevistas em empresas inseridas na região. Além disso, também serão analisadas reportagens publicadas pela Folha de São Paulo com o termo “cracolândia”. Assim, será realizada uma análise aprofundada a respeito deste assunto, de modo que seja possível compreender a formação da então chamada “cracolândia”, e descobrir qual o real impacto que este fenômeno tem sobre as empresas da região, assim como se há impactos das empresas na “cracolândia”. Assim, espera-se contribuir para uma análise organizacional pós-estruturalista, uma vez que será investigado como e se um fenômeno que, segundo uma visão mais tradicional, escaparia do escopo dos estudos organizacionais, pode ser reconstituído no cerne do problema do “organizar”. [RESULTADOS] Nota-se que o “problema” referente ao fenômeno da “cracolândia” persiste a cerca de 20 anos e, apesar das diversas ações das Polícias Militar e Civil e da Prefeitura de São Paulo, segue até os dias atuais sem solução definitiva. Assim, apesar da região ter passado por uma mudança significativa nos últimos anos, que diminuiu o índice de usuários de crack e traficantes no local, há um impacto negativo do fenômeno da cracolândia nas empresas dessa região. Uma evidência é a necessidade das empresas contratarem seguranças particulares, visando evitar aglomeração de moradores de rua na entrada dos estabelecimentos, além de furtos e tentativas de assaltos na região. Além disso, devido ao modo como a região da cracolândia é vista através da mídia, tal fenômeno afeta diretamente a população da região, assim como clientes e consumidores de outras áreas, os quais se sentem inseguros para visitar o local, o que impacta diretamente as empresas. Quanto às empresas, essas não têm impacto significativo na “cracolândia”, visto que não realizam nenhuma ação relacionada a este fenômeno, nem aos usuários de crack. [CONCLUSÃO] Através de uma análise aprofundada foi possível inferir que o fenômeno da cracolândia impacta negativamente as empresas dessa região, principalmente no que se refere à segurança, embora menos que em anos anteriores, enquanto as empresas não têm impacto significativo neste fenômeno, de modo que nada é feito por estas com o intuito de contribuir para a solução desse problema tão complexo e de cunho social.