ANÁLISE DO USO DO MODELO GLOBAL REPORTING INITIATIVE PARA ELABORAÇÃO DE RELATÓRIOS DE SUSTENTABILIDADE: UM ESTUDO EM EMPRESAS DO SETOR ALIMENTÍCIO

Autor(es): 

Marina Mori Helou - Orientador: Prof. Luciel Henrique de Oliveira

Ano: 

2014

Instituição: 

FGV-EAESP

[INTRODUÇÃO] Atualmente, empresas de todos os setores estão preocupadas com sua imagem, com destaque para questões referentes à responsabilidade social e ambiental, tornando comum a divulgação de relatórios anuais de sustentabilidade. As diretrizes da ONG Global Reporting Initiative (GRI) geralmente são consideradas como modelo para esses relatórios. O presente trabalho tem por objetivo verificar se as informações socioambientais divulgadas nos relatórios anuais de sustentabilidade de três empresas brasileiras atuantes no setor de alimentos estão em consonância com as diretrizes voluntárias de divulgação socioambiental recomendadas pela GRI. [METODOLOGIA] Para elaboração deste projeto, foi conduzida uma pesquisa exploratória e qualitativa, usando-se dados secundários obtidos por meio dos relatórios de sustentabilidade disponíveis nos sites das empresas selecionadas, e das informações disponíveis no site do GRI sobre suas diretrizes. Foi feita uma leitura dos relatórios publicados pelas empresas selecionadas, assim como uma leitura e estudo do modelo GRI, dando uma atenção especial à sessão que é dedicada a empresas do setor de alimentos, lançada recentemente (GRI, 2011). Para análise do enquadramento dos relatórios emitidos pelas empresas no padrão GRI, foi elaborada uma tabela, na qual foram listadas as exigências do GRI específicas para o setor de alimentos, e foi analisado se a diretriz encontrava-se presente, ou não, no relatório da empresa. Quando presente, a empresa somava 1 ponto e, com a média ponderada desses pontos, foi calculada uma nota para cada empresa, de acordo com a quantidade de quesitos do GRI que ela atendia em seu relatório. Neste estudo, foram avaliadas somente empresas do setor de alimentos, sendo elas a BRFoods, a JBS e a Copersucar. Foram escolhidas apenas empresas brasileiras, podendo elas atuar ou não na esfera internacional. [RESULTADOS] Por tratar-se de um estudo exploratório, não se pretende chegar a alguma conclusão definitiva ou passível de generalizações sobre o setor, referente ao julgamento se as empresas aqui estudadas estão ou não adotando práticas corretas. A ideia principal é uma análise comparativa entre as empresas e um possível material consultivo para benchmarking para outras empresas desse setor. [CONSIDERAÇÕES FINAIS] Analisando a tabela, nota-se que BRF obteve a maior nota, seguida pela Copersucar e, por último, com grande diferença, a JBS. Esses resultados mostram que, entre essas três empresas, a BRF é a empresa que tem seu relatório de sustentabilidade atendendo ao maior número de quesitos essenciais às empresas do setor de alimentos, segundo a GRI. Nenhuma das empresas obteve nota máxima (10). O fato de as empresas elaborarem seus relatórios de sustentabilidade seguindo, pelo menos em parte, o modelo sugerido pelo GRI traz vantagens tanto para as empresas quanto para as partes interessadas, já que a padronização traz facilidade às pesquisas e buscas por informações e, para as empresas, traz visibilidade e inclusão no conjunto de empresas preocupadas com responsabilidade socioambiental.

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