When Does It Pay to be Corrupt in the Private Sector?

Curso: 

  • CMAE

Área de conhecimento: 

  • Estratégia Empresarial

Autor(es): 

  • Andréa Oliveira de Carvalho e Silva

Orientador: 

Ano: 

2016

Corrupção entre agentes privados é um fenômeno que afeta enormemente tanto as firmas quanto os países em que operam. Ambos aspectos contextuais e comportamentais do processo decisório sob risco de corrupção foram estudados previamente. Contudo, como o fenômeno é muito complex, o campo carece de entendimento sobre relações causais e de modelos abrangentes para corrupção privada. Dadas as oportunidades de pesquisa descritas, esse estudo investigou quando vale se corromper no setor privado. Para realizar esse estudo, empregou-se um anecdotal field experiment 3x2 (risco – alto, médio e baixo e corrupção como regra do jogo/ não é regra do jogo) através da técnica de cenários, emulando uma situação de compra e venda. Esse experimento contou com uma amostra de n=168 respondentes; os respondents tinham, em media, tanto experiência de trabalho quanto familiaridade com o processo de compra e venda B2B. Através da teoria de escolha racional e de utilidade esperada, essa dissertção combinou a influência de fatores individuais e contextuais para o processo decisório, revelando os mecanismos através dos quais quem toma a decisão opta por agir ou não de forma corrupta. Foi possível estabelecer relações causais entre normas sociais informais e risco de punição na inclinação em se corromper. Além disso, o presente estudo investigou a robustez das relações entre as variáveis empregando três métodos para analizar os dados empíricos. As variáveis foram analisadas aos pares através de ANOVA e modeladas em conjunto através de dois métodos: OLS e SEM-PLS. A contribuição dessa dissertação para a literatura é tripla: teoricamente, contribuiu ao reforçar que a teoria das escolhas racionais é adequada para a investigação do processo decisório sob risco de corrupção no setor privado; metodologicamente, foi construído um modelo integrado de múltiplas causas para corrupção, explorando também as relações de mediação – oferecendo, portanto, uma importante contribuição à literatura, que carecia de modelos abrangentes para corrupção e em que a maioria das relações causais era desconhecida; por fim, contribui para a prática ao questionar as políticas atuais para o combate à corrupção: Foi descoberto que, embora haja evidências de que limitações à racionalidade, as pessoas se comportam basicamente de forma racional ao optar por se envolver ou não em corrupção; no entanto, ainda que tenhamos encontrado evidências de que estratégias punitivas baseadas nessa premissa seriam efetivas na redução da corrupção, outras políticas baseadas em questões morais devem se fazer necessárias para que se combata esse problema.

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