Um Modelo de Maturidade da Indústria 4.0 Aplicado na Cadeia de Suprimentos

Curso: 

  • MPGC

Área de conhecimento: 

  • Gestão de Operações e Logística

Autor(es): 

  • Paulo Gobo Junior

Orientador: 

Ano: 

2020

Com a chegada da Quarta Revolução Industrial, também conhecida como Indústria 4.0, inicia-se a discussão sobre as redes globais de máquinas e equipamentos em um ambiente de fábricas inteligentes, capazes de trocar informações de forma independente, em tempo real, e tendo a Internet das Coisas e os sistemas ciberfísicos como responsáveis por garantir que operem de forma realmente autônoma. Esse contexto possibilita ganhos em produtividade e flexibilidade, intensificando, dessa forma, a competitividade global, as mudanças na sociedade e o desenvolvimento econômico de uma região ou nação; além disso, estimula a construção de novos trabalhos acadêmicos, como a proposição de modelos capazes de identificar o nível de maturidade de uma indústria no contexto 4.0. Diante desse cenário, o objetivo deste trabalho é desenvolver um modelo de maturidade que analise a indústria no contexto 4.0, possibilitando a identificação do grau de homogeneidade existente entres os participantes de uma cadeia de suprimentos. Para tanto, em um primeiro momento, realizou-se uma revisão de literatura contextualizando as características, os componentes relevantes e os modelos existentes de maturidade para a Indústria 4.0. Com base nas pesquisas já realizadas, foi construído um modelo estruturado, suportado por questionário, e validado por especialistas nos conceitos de melhoria contínua da indústria automotiva. O modelo desenvolvido foi aplicado em três empresas fabricantes de autopeças na região da Grande São Paulo (SP) e em pelo menos um de seus fornecedores relevantes em suas cadeias de suprimentos, obtendo como principal resultado as diferenças encontradas nos níveis de maturidade das empresas nas seis dimensões utilizadas no modelo proposto e possibilitando um entendimento relacionado aos diferentes graus de homogeneidade identificados entre os membros dessas cadeias de suprimentos, bem como o motivo desses desbalanceamentos. A partir das análises dos dados, verificou-se que as empresas apresentaram notas baixas na maior parte das seis dimensões do modelo, atingindo, no máximo, nota 3 na escala Likert em apenas algumas delas. O resultado obtido pela análise das respostas do questionário demonstra um baixo nível de implementação da metodologia da Indústria 4.0, uma baixa predisposição para investimento nessas tecnologias, bem como a falta de entendimento sobre as possibilidades de ganhos e oportunidades de melhorias que a Indústria 4.0 pode proporcionar à cadeia de suprimentos.

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