Curso:
- CDAE
Área de conhecimento:
- Empreendedorismo
Autor(es):
- Luis Alberto Scandelari Bussmann
Orientador:
Ano:
É fato que o termo “inovação aberta” criado por Chesbrough em 2003 tem recebido atenção da academia e é frequentemente mencionado na media. Em um mundo cada vez mais conectado, há uma abundância ideias e de conhecimento sendo criados todos os dias, tanto sendo disponibilizados para internalização e utilização dentro das organizações, quanto sendo criados e disponibilizados por estas para utilização externa. Mas será que o termo e os conceitos relacionados com inovação aberta são realmente compreendidos e utilizados pelas empresas no Brasil ? Em estudo recente, constatou-se que este não é o caso, que a inovação aberta é fracamente utilizada, e que falta compreensão dos preceitos de inovação aberta em empresas do setor industrial. Será que o mesmo se aplica também no setor de serviços ? Vários estudos apontam uma lacuna na investigação do fenômeno de inovação aberta no setor de serviços Mais especificamente, há uma necessidade de mais estudos sobre a utilização do conceito de inovação aberta em empresas de serviços no mercado financeiro. Com base nas lacunas e oportunidades apresentadas pela literatura, este trabalho investiga pequenas novas empresas do setor de serviços, operando no mercado financeiro brasileiro. Avalia por que e como os conceitos de inovação aberta são utilizados por estas organizações, assim como desafios e benefícios observados quando estes conceitos são implementados. Seguiu uma pesquisa qualitativa de cunho exploratório baseada em estudo de casos múltiplos por meio de entrevistas semiestruturadas com executivos de pequenas e novas empresas do setor de serviços no mercado financeiro (FinTech). Os resultados propiciam uma ampliação do conhecimento sobre a utilização da inovação aberta no Brasil, particularmente em pequenas novas empresas do setor de serviço no mercado financeiro. Os principais resultados incluem um conjunto de práticas de inovação aberta utilizados pelas startups, quatro pilares que guiam a implementação do seu modelo de inovação, constatação do papel da execução em contraste ao das ideias no mundo das startups, descrição de como as startups encontram atalhos em seu processo de desenvolvimento de modo a se tornarem mais ágeis. Também discutimos como assuntos de cunho jurídico, a cultura do mercado e as regulamentações, pressões para crescimento e aumento de receita agem como desafios na implementação da inovação aberta.