Curso:
- MPGC
Área de conhecimento:
- Sustentabilidade
Autor(es):
- George Magalhães
Orientador:
Ano:
A agenda de sustentabilidade tem ganhado cada vez mais relevância no contexto empresarial, muito por conta do aumento da percepção de líderes e gestores sobre a magnitude dos impactos socioambientais, sejam eles negativos ou positivos, desencadeados pela atuação das companhias. Mais recentemente, esse movimento tem sido fortalecido pela penetração, também crescente, dessa discussão entre os agentes do sistema financeiro. Quando os imperativos econômico e ecológico convergem, os gestores empresariais são pressionados a incorporar novas estratégias, métodos e ferramentas à gestão de seus portfólios de produtos para lidar com as diferentes dimensões de impacto socioambiental, seja por abordagens voltadas para sua mitigação ou para que estes sejam evitados. Para o setor automobilístico isso compreende transições tecnológicas no cerne de seus produtos, migrando do abastecimento a combustíveis fósseis – vetores importantes das mudanças climáticas – para tecnologias mais sustentáveis. As trajetórias para esse setor apontam para um futuro com automóveis autônomos, conectados, elétricos e compartilhados (ACES). No entanto, a adoção de cada alternativa tecnológica pode implicar na geração de novos impactos socioambientais ao longo do ciclo de vida dos produtos. Nesse contexto, o presente caso de ensino aborda um momento de tomada de decisão em uma companhia automotiva fictícia (LCT), que busca definir uma nova estratégia de longo prazo para seu portfólio, considerando para isso os trade-offs relacionados à adoção cada tecnologia. A análise das dimensões financeira, social e ambiental de cada cenário tecnológico revela consequências diretas e indiretas em diferentes etapas do ciclo de vida dos produtos, explicitando a importância da integração do pensamento de ciclo de vida aos processos voltados para a gestão de portfólios de produtos. Tal integração traz especial contribuição sobre a forma como os desafios relacionados aos produtos são percebidos e resolvidos pelas organizações, ampliando a esfera de análise e a capacidade dos gestores de portfólios de perceberem riscos e oportunidades antes ocultos.