Curso:
- MPGC
Área de conhecimento:
- Gestão da Informação
Autor(es):
- Olavo Poleto Filho
Orientador:
Ano:
O controle de medicamentos no ambiente hospitalar é crítico para garantir a sua disponibilidade, gerenciar custos, aumentar a precisão na administração e segurança dos pacientes. Pesquisas relacionam o controle de medicamentos e outros ativos, como equipamentos no ambiente hospitalar, à redução do desperdício, menor risco de obsolescência e melhor gestão de custos. Gerenciar o inventário de medicamentos em farmácias hospitalares, permite identificar medicamentos adulterados, reduzir perdas e desperdícios por obsolescência, maior precisão na dosagem prescrita, melhorar o gerenciamento de estoques, reduzir custos, padronizar e automatizar processos manuais, reduzir erros, aumentar a disponibilidade e produtividade. A literatura trata o controle de medicamentos com o uso de tecnologias como códigos de barras e RFID para rastreá-los de forma mais efetiva em qualquer ponto da cadeia de suprimentos, que se tornam mais precisos quando conectados a sensores sem fio e ao GPS através da Internet das Coisas (IoT), viabilizando a cooperação e interação do RFID com um ecossistema capaz de aprender e tomar decisões, tornando os produtos inteligentes e gerando vantagens competitivas para as organizações. O objetivo deste artigo é estudar o uso da Internet das Coisas (IoT) no controle de medicamentos, sob a perspectiva dos benefícios efetivamente entregues às farmácias hospitalares e suas influências no desempenho organizacional. Para tal, foram entrevistados doze (12) profissionais com diferentes formações, experiências e atuações, envolvidos no controle de medicamentos de três hospitais privados com pelo menos 300 leitos localizados na cidade de São Paulo, sob a ótica de processos, profissionais, tecnologias, motivadores, desafios, evolução tecnológica e impactos organizacionais. Os dados coletados foram analisados em termos da coerência destes parâmetros, suas influências no desempenho e eventuais valores que a IoT poderá agregar aos hospitais. Conclui-se que nos hospitais 1 e 2, com processos e tecnologias consolidados há mais de 10 anos e apoio efetivo da alta gestão, há coerência entre o uso de TI e suas influências no desempenho operacional, mas o valor da utilização de IoT no controle de medicamentos não é unanime. No hospital 3, com processos e sistemas mais recentes, além de não haver coerência entre os usos de TI e seus impactos no desempenho organizacional, não há clareza do papel da IoT, sendo confundido com Inteligência Artificial, Cloud Computing, Big Data e Analytics.