Contrafação nas Cadeias de Suprimentos: um risco para os negócios

Curso: 

  • CDAE

Área de conhecimento: 

  • Gestão de Operações e Logística

Autor(es): 

  • Roger Augusto Luna

Orientador: 

Ano: 

2020

A complexidade das cadeias de suprimentos tem sido considerada pelas empresas como um novo desafio para os gestores, já que novos riscos são imputados nessas relações e ameaçam causar rupturas. A globalização dos fornecedores também aumentou o risco de entrada de produtos contrafeitos em todos os países. Deste modo, as empresas se sentem na contingência de assumir posições proativas, criando estratégias de mitigação e combate à contrafação, ou reativas, esperando desenvolver competências necessárias para este desafio. Este estudo é composto por três artigos, que têm por objetivo analisar e explicar a contrafação como um risco para os negócios nas cadeias de suprimentos das empresas. O primeiro artigo tem o objetivo de verificar as discussões sobre a contrafação publicadas nos principais periódicos internacionais relativos aos temas Gestão de Operações e Supply Chain Management. O artigo apresenta as principais teorias, práticas e tecnologias relacionadas à contrafação discutidas nos últimos anos. A partir de seus resultados, proposições sobre novos estudos puderam ser elaboradas e colaboraram com os próximos passos para uma maior compreensão do tema da contrafação nas cadeias de suprimentos. Como segundo passo, o artigo 2 buscou compreender, por meio de um método de experimento, se a intenção de compra de produtos pode ser afetada quando existem riscos de contrafação na sua aquisição. Nesta pesquisa, foram criados oito cenários que trazem narrativas destinadas a avaliar se determinadas influências podem modificar a intenção de compra de gestores. Os resultados sugerem que a intenção de compra é afetada pela origem do produto e pelo risco de contrafação percebido por gestores em relações business-to-business (B2B). De maneira geral, o modelo proposto expande a compreensão sobre o tema. Como contribuição gerencial, nota-se que os gestores tendem a tomar decisões após analisar o maior volume possível de informações ou variáveis, além de ressaltar a importância da gestão de risco nas operações. Por fim, o artigo 3 se propôs a compreender como uma empresa de tecnologia atua no combate à contrafação sob a visão da Teoria dos Custos de Transação (TCT). Por meio de um estudo de caso único, constatou-se que as empresas utilizam processos de governança corporativa no combate à contrafação. Contratos de confidencialidade, auditorias e políticas de compras são algumas formas de as empresas se resguardarem desses atos fraudulentos. Assim, as tecnologias utilizadas ainda se concentram em sistemas de gestão empresarial como controles sistêmicos de lotes de produção. Por outro lado, tecnologias como radio frequency identification (RFID), blockchain, impressão 3D, dentre outras, necessitam ainda de maior aderência às estratégias das empresas como suportes às suas ações de combate à contrafação. 

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