Curso:
- CDAE
Área de conhecimento:
- Gestão da Informação
Autor(es):
- Luiz Pereira Pinheiro Junior
Orientador:
Ano:
A computação em nuvem tem adentrado os processos organizacionais das empresas e governos. Neste sentido esta pesquisa tem como objetivo explicar como os aspectos organizacionais, institucionais e contextuais configuram a computação em nuvem no governo brasileiro (CloudGov). Na revisão de literatura em CloudGov foi possível identificar o gap de explicação em como a computação em nuvem se configura nos governos. Sendo assim, a Teoria Institucional (TIS) foi utilizada para a explicação do fenômeno CloudGov por meio dos pilares organizacionais de Scott (2013) sendo o: pilar normativo, pilar regulativo e pilar socialcognitivo que se relacionam diretamente com as explicações dos aspectos organizacionais, institucionais e contextuais. Complementarmente, esta pesquisa também se ancorou na Teoria da Difusão da Inovação (TDI) de Rogers (2010) utilizando tipos de organizações inovadoras, seguidoras e tradicionais. Delineou-se a metodologia qualitativa em duas etapas. Primeiro, foi realizado um estudo descritivo, investigando os 26 Estados do Brasil com o intuito de construir um panorama de CloudGov no contexto brasileiro. Nesta etapa construiu-se um framework classificando os governos em inovadores, seguidores e tradicionais no uso de CloudGov. Na segunda etapa, foram selecionados três casos, escolhidos, um de cada agrupamento, para a construção de um modelo. Foram realizadas entrevistas, utilizados documentos e dados secundários e emergiram categorias de análise voltadas para a explicação do fenômeno. Conclui-se que a computação em nuvem nos governos estaduais brasileiros, está configurada em três tipos de organizações, sendo elas inovadoras, seguidoras ou tradicionais. Essa configuração ocorre conforme os aspectos organizacionais, institucionais e contextuais da organização, variando pela demanda interna ou externa, bem como leis, regulamentos e contexto propício para a inovação. Este estudo apresenta contribuições teóricas como o uso de duas teorias (TIS x TDI) para a explicação de um fenômeno organizacional e a construção de um modelo sobre CloudGov no contexto brasileiro. Além disso avança em pesquisas já realizadas sobre o tema na área de eGov. Como contribuição prática esta pesquisa entrega um framework de CloudGov para organizações públicas na implantação dessa tecnologia. Sugerem-se estudos futuros como a aplicação deste modelo em outros países, especialmente no Sul global, ou análise do fenômeno com outras vertentes teóricas.