Curso:
- MPGC
Área de conhecimento:
- Sustentabilidade
Autor(es):
- Amanda de Andrade Neme
Orientador:
Ano:
A indústria de revestimentos cerâmicos, inserida dentro do universo da construção civil, de cidades e da sociedade como um todo, sofrerá influência latente de todas as mudanças, seja em tendências de consumo, com a internet das coisas, industrialização da construção, evolução das cidades inteligentes e talvez a mais relevante, a sustentabilidade nos negócios. O setor da construção civil vem enfrentando uma crise acentuada que prejudicou ainda mais a evolução setorial e representou um retrocesso. Visto como um segmento tradicionalista, pouco inovador e de baixa produtividade, rodeadas por mudanças disruptivas e no meio de um turbilhão de tendências, este é o cenário atual, no qual a indústria cerâmica pouco interage, logo, pode sofrer as consequências de forma passiva ou pode reavaliar seu core business avaliando essas tendências de futuro e incorporando a sustentabilidade nas estratégias. Estudar o futuro se tornou uma ferramenta impar para preparar as empresas as mudanças potenciais. Este é o objetivo deste trabalho, usando a metodologia de cenários prospectivos propor uma base orientativa de aprendizagem que possa colaborar com visões estratégicas para o desenvolvimento sustentável da indústria nacional de revestimentos cerâmicos. O estudo chegou a quatro cenários exploratórios, com os eixos nomeados de “solução sistemas” e “sustentabilidade empresarial”. O cruzamento dos eixos destacou os cenários: “Dormindo no ponto” (Decrescimento), “Salvo pelo gongo” (Sobrevivente Responsável), o cenário “O Rei na barriga” (Líder tradicional), e “De tirar o chapéu” (Líder sustentável). O cenário de decrescimento é visto como uma curva natural, caso o setor permaneça em sua zona de conforto. Os demais cenários descrevem trajetórias considerando progressões distintas nos dois eixos e por último a autora descreve um cenário normativo, denominado de “Bola pra frente que atrás vem gente” (Protagonista). A autora propõe uma base estratégica alongando até 2050 os marcos temporais da indústria. Por último, o processo de entrega do resultado em congresso do setor, na associação de classe nacional e uma pesquisa de validação para verificar a consistência e viabilidade da proposta. Os resultados foram positivos e os respondentes concordam com a visão apresentada no estudo.