TERCEIRO SETOR: A SOCIEDADE SE ORGANIZA

Autor(es): 

Alexandre Lucas Cukier - Orientadora: Profª Kil Hyang Park

Ano: 

1996

[INTRODUÇÃO] As organizações sem fins lucrativos existem para dar suporte aos indivíduos em necessidades básicas como saúde, educação, lazer, qualidade de vida etc., as quais não são completamente fornecidas pelo Estado, dada a imensa gama de necessidades e o número elevado de indivíduos a serem atendidos. E, portanto, clara a incapacidade do Estado moderno em atender aos seus cidadãos como um todo. O presente trabalho teve por objetivo examinar as características da administração dessas organizações, sempre que possível, comparando com a administração de organizações privadas lucrativas. [METODOLOGIA] O cronograma de desenvolvimento da pesquisa previu coleta de dados e sistematização do material bibliográfico disponível sobre o tema na Biblioteca Karl A. Boedecker, da EAESP/FGV. [RESULTADOS] A pesquisa, basicamente, tem como corpo principal a discussão de todo o processo administrativo dessas entidades sem fins lucrativos, tendo como objetivo a discussão de um sistema administrativo compatível com as necessidades e as disponibilidades de recursos (materiais, financeiros e humanos) dessas organizações, fatores culturais, comportamentais, características próprias de funcionamento etc. Práticas administrativas, como Planejamento, Orçamento, Controle Operacional, Medição de Resultados, Levantamento de Custo/Benefício, são abordadas de acordo com essas particularidades. [CONCLUSÃO] Pode-se identificar importantes pilares sobre os quais as organizações não-lucrativas se apóiam: a ausência da medição de lucro a eficiência da organização não pode, jamais, ser baseada em resultados financeiros; aspectos legais diferenciados -privilégios generalizados em muitos países, em aspectos como taxação e categoria da organização; tendência para oferecer serviços como; forma de output; limitações quanto a metas e estratégias - dependência de recursos para desenvolver programas e atividades; despreparo administrativo da direção e tradição de controle administrativo deficiente. Portanto, a dificuldade de medição de seus serviços, assim como a de verificação de relacionamento direto entre os insumos e os resultados, são dificuldades particulares de organizações sem fins lucrativos. Somado a tudo isso, temos O despreparo administrativo de seus dirigentes, o próprio preconceito contra o desenvolvimento de mecanismos de controle (uma vez que, por melhor que sejam, não poderão ser tão eficientes como em organizações lucrativas, devido ao aspecto medição de lucros) e a dificuldade de desenvolver essas instituições do ponto de vista administrativo.

Departamento: 

ADM

Anexos: