A RENTABILIDADE DAS EMPRESAS BRASILEIRAS A PARTIR DA INTRODUÇÃO DO I PLANO REAL

Autor(es): 

Antonio Marques de Oliveira Neto - Orientador: José Márcio Rebolho Rego

Ano: 

1997

[INTRODUÇÃO] O cenário criado a partir de julho de 1994 pelo Plano Real introduziu as empresas brasileiras num novo ambiente ao qual elas não estavam habituadas. Isto refletiu bastante no desempenho das empresas e no comportamento de sua rentabilidade. [METODOLOGIA] Foi feita inicialmente uma revisão bibliográfica. Em seguida, foram consultados diversos bancos de dados para a formação das amostras e, juntamente, a realização de análises sobre o novo ambiente. A partir daí, os dados de maior relevância para a pesquisa foram selecionados e sua análise foi feita, chegando-se aos diagnósticos finais. [RESULTADOS] A realização da revisão bibliográfica permitiu abordar os conceitos acerca das medidas de lucratividade, além de demonstrar qual a importância delas nas análises financeiras e diagnósticos econômicos. Duas amostras foram estudadas durante o projeto. A primeira delas continha dados de sociedades anônimas contidas no universo das 550 maiores empresas do cd-rom da revista Exame. Os dados foram analisados num período de cinco anos, ou seja, de dezembro de 1991 a dezembro de 1995. Devido ao alto custo para a obtenção dos dados relativos ao exercício de 1996 e ao término do trabalho antes da divulgação pública dos mesmos, a análise deste ano foi feita baseada em estudos preliminares publicados em jornais, relatórios ou revistas. A segunda amostra era formada pelos principais bancos brasileiros. Os dados foram obtidos a partir do sistema CMA/Austin Asis e as análises, ao contrário do que foi feito com as empresas, foram semestrais. O período analisado foi de junho de 1992 a dezembro de 1996, ou seja, dez semestres. [CONCLUSÃO] A breve euforia que marcou o início do Plano Real foi interrompida por diversas medidas para evitar a pressão inflacionária que poderia comprometer o mesmo. A estabilidade econômica proporcionou aos empresários um maior horizonte de planejamento. Com o aumento acentuado da competitividade a captação de recursos tornou-se cada vez mais um instrumento para a sobrevivência. A crescente abertura do mercado brasileiro aos produtos e serviços estrangeiros tem forçado as empresas a tomarem decisões baseadas num número cada vez maior de variáveis. Este trabalho permitiu diagnosticar, em grande parte, qual o comportamento que nossas maiores .empresas e bancos tomaram depois de todas as mudanças estruturais ocorridas a partir de julho de 1994. O comportamento dos índices de rentabilidade demonstraram ser um reflexo da nova conjuntura, bem como, uma forma para diagnosticar ou até mesmo prever qual é ou será o desempenho da economia como um todo. Para um país em desenvolvimento, como é o caso do Brasil, que não tem como dispensar capital estrangeiro, principalmente se vier na forma de investimento de risco na criação ou geração de empresas, uma queda na rentabilidade é extremamente preocupante.

Departamento: 

PAE

Anexos: