[INTRODUÇÃO] O objetivo central deste estudo é desvendar as políticas de apoio à diversidade sexual no ambiente de trabalho e fazer um comparativo entre políticas desenvolvidas por um grupo selecionado de empresas – nacionais e multinacionais – que possuem operação no Brasil. Um breve resumo histórico destaca os pontos-chave do processo de construção social do movimento homossexual no Brasil e no mundo, partindo, então, para a revisão da teoria acerca dos conceitos de gênero e orientação sexual e outros estudos já realizados de temática semelhante. O desenvolvimento se dará predominantemente no campo da revisão bibliográfica, analisando estudos brasileiros e internacionais publicados sobre o tema da diversidade sexual no ambiente de trabalho e a existência dessas políticas no grupo selecionado de empresas. [METODOLOGIA] O antissemitismo, racismo, sexismo e homofobia são as manifestações mais comuns da discriminação e do preconceito, sendo expressões utilizadas nos debates públicos, lutas sociais e políticas. A homofobia é a menos estudada e discutida, além de controversa, o que é observado pela disparidade entre a literatura e as políticas públicas desenvolvidas. Por ser uma forma de diversidade em que a invisibilidade é possível, o gay não assumido entra em um processo de ocultação, em que reprime sua sexualidade para se enquadrar no modelo aceito pelo grupo social e não fazer parte do elenco de pessoas que são alvo de piadas e discriminação. Pesquisas norte-americanas revelam que a grande maioria dos homossexuais não é assumida no ambiente de trabalho e que, entre os assumidos, entre 25% e 66% já reportaram formalmente para suas empresas terem sido alvo de atos discriminatórios. [RESULTADOS] AmBev, Google, Nestlé, Itaú e Johnson & Johnson foram as empresas escolhidas para pesquisa. A marca Google é a que apoia mais publicamente causas do movimento homossexual, como a participação na campanha “It Gets Better” e na derrubada do Defence of Mariage Act (DOMA) nos Estados Unidos. Possui uma política de suporte à diversidade amplamente divulgada, com 13 grupos de afinidades dos funcionários – sendo um deles os Gayglers. Itaú apoiou o casamento igualitário em sua fan page e cita a sexual como uma das diversidades que pretende incluir. Johnson & Johnson não cita a diversidade sexual explicitamente, mas possui forte valor de inclusão da diversidade, aparecendo em nono lugar na lista de Top 50 Empresas para a Diversidade. Nestlé e AmBev aparecem mais distantes de publicações sobre diversidade. [CONCLUSÃO] Um ambiente de trabalho inclusivo e respeitoso é peça-chave para o completo desenvolvimento pessoal e profissional do homossexual, que, com liberdade para mostrar sua própria identidade, apresenta maior produtividade e comprometimento, e fomentar a discussão acerca da diversidade sexual no ambiente organizacional é uma oportunidade para que os indivíduos melhorem suas relações interpessoais, proporcionando a inclusão do homossexual em sua empresa, sem homofobia nem discriminação.