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[INTRODUÇÃO] Esta pesquisa analisa os efeitos das crises de 2008 e 2011 nos investimentos e no crescimento econômico brasileiro, visto que o País apresentava potencial para manter crescimento sustentável mesmo com a crise de 2008, e que tal cenário mudou tragicamente em menos de seis anos. [METODOLOGIA] A metodologia foi dividida em seções. São elas: (I) Estudo sobre as teorias do crescimento econômico: teoria clássica e teoria neoclássica; (II) Estudo da economia brasileira: análise da conjuntura econômica 2006-2014. As principais fontes de dados são o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), a Bolsa de Valores de São Paulo (BOVESPA), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e estudos sobre o Brasil feitos pela McKinsey, e englobam principalmente os dados do período que compreende os anos entre 2006 e 2014, envolvendo a coleta de informações sobre o PIB, formação bruta de capital fixo, inflação, juros, taxas cambiais e análises de setores-chave da economia no mercado financeiro. A análise também dos níveis de poupança do período ajuda a entender como o brasileiro reagiu à crise; (III) Coleta de dados da economia brasileira e de outras economias emergentes no mesmo período com o objetivo principal de analisar o desempenho econômico brasileiro em relação aos países emergentes e aplicação da teoria neoclássica. [RESULTADOS] Antes da crise de 2008, o Brasil era tido como uma das potências dos BRICs. Em 2014, a crise completa seis anos e o cenário econômico brasileiro somente piorou: queda da taxa anual de crescimento do PIB, passando de 5,2% em 2008 para 2,3% em 2013; queda na taxa de investimento de 19,1% em 2008 para 18,4% em 2013; aumentos sucessivos do IPCA e taxa Selic; queda do IBOVESPA; balanço de pagamentos negativo em 2013 são alguns sinais, analisados neste estudo, de que a economia brasileira e a política econômica não estão funcionando de maneira satisfatória. [CONCLUSÃO] Os aspectos analisados são importantes para o crescimento econômico sustentável no longo prazo, e a perspectiva atual para o futuro brasileiro é extremamente negativa, visto que, nos aspectos analisados, o Brasil apresentou, na maioria das vezes, resultados negativos, e a perspectiva de melhora no curto prazo é baixa, uma vez que a expectativa, segundo o relatório Focus, é de que o Brasil cresça somente 0,90% em 2014. Para o Brasil chegar ao nível dos países desenvolvidos, é necessário que medidas sejam tomadas, como as citadas no estudo da McKinsey. Além disso, outro fator de grande importância é o grau de segurança que o governo brasileiro dá aos investidores e empresários, pois quanto maior a segurança, maior a probabilidade de haver maior grau de investimento no País. Como 2014 é ano de eleições presidenciais, o próximo presidente precisa estar atento a esses aspectos da economia brasileira, com o objetivo de evitar que o cenário de recessão continue a impedir que o País cresça e se desenvolva.