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[INTRODUÇÃO] Através da História, verificamos épocas que se distinguem por certas ordenações da vida social dos indivíduos e dos grupos, segundo uma distinta tábua de valores. Estes são passíveis de ordenação ou de hierarquia. Assim, são diversas as tipologias que foram feitas para se estabelecer a relação entre eles. Uma possível classificação considera o conteúdo do valor, de modo a termos, entre outros, o valor do bem. Segundo Scheler, o bem consiste em servir a um valor positivo sem prejuízo de um valor mais alto. E é este valor do bem que temos como força ordenadora da Ética. O objetivo deste trabalho é o de medir a Ética nas empresas. [METODOLOGIA] Quando se deseja realizar uma pesquisa no campo das Ciências Sociais, é comum que se encontre alguma abstração que se deseja medir. Para que essas abstrações possam ser medidas, é necessário identificar um conjunto de variáveis que represente, de maneira mais concreta, a abstração. Daí, temos o conceito de Mensuração, que seria a atribuição de algarismos a objetos ou eventos, obedecendo-se a determinadas regras. Para que fosse possível essa mensuração, foi elaborado um questionário, baseado na junção de alguns modelos de questionário, como os utilizados em teste de personalidade, já que a mensuração do tipo de personalidade é um tema tão subjetivo quanto a Ética. Pelo levantamento bibliográfico, também foram pesquisados diversos modelos de como classificar as empresas, que foram separadas em quatro modelos teóricos de desenvolvimento moral organizacional, e várias questões foram elaboradas, de acordo com cada variável da ética que se deseja medir. Cada alternativa das questões transformou-se em uma questão própria, com o intuito de confundir o respondente, e o questionário final, após diversas alterações, apresentou cinco páginas, com alternativas simples, a serem respondidas com “concordo” ou “discordo”. 0 objetivo do questionário era o de classificar as empresas brasileiras nesses quatro modelos e verificar qual a tendência. A amostra chamada Amostra Conveniente foram os alunos do GEAG-FGV. Não consideramos isso um viés, pois, tecnicamente, os alunos do GEAG compõem o nosso público-alvo. [RESULTADOS] Os resultados foram melhores do que o esperado, tendo em vista o retomo dos questionários respondidos: 93 respondentes pertencentes a indústrias e 107 pertencentes a não-indústrias. [CONCLUSÃO] Uma conclusão inicial é que as empresas não podem jamais ser classificadas como tipos puros de determinadas categorias; todas apresentam características das quatro categorias. Assim, temos a comprovação do modelo proposto pelo próprio questionário. Isso significa que os objetivos do questionário foram atendidos.