INVESTIMENTOS EM AÇÕES DE VALOR X INVESTIMENTOS EM AÇÕES DE CRESCIMENTO

Autor(es): 

Guy Gomes de Barros Houly - Orientador: Prof. Ricardo Ratner Rochman

Ano: 

2009

Instituição: 

FGV-EAESP

[INTRODUÇÃO] Em se tratando de investimentos no mercado financeiro, existem alguns pontos-chave para a tomada de decisão do investidor. Isto é, o investidor deve dispor de informações que lhe auxiliem em sua escolha por determinado investimento. Essas informações podem ser desde indicadores econômico-financeiros até relatórios gerenciais das organizações que, por sua vez, podem conduzir o investidor na sua escolha. Por exemplo, para definir qual investimento será escolhido, seja ele de ações de valor ou de ações de crescimento (tema que será abordado neste artigo); os shareholders devem estar municiados de elementos que lhes permitam avaliar e definir as estratégias mais ou menos lucrativas dentro do contexto econômico local, tendo em vista, também, o perfil do investidor. Nesse sentido, O objetivo central da pesquisa em questão é verificar qual das duas estratégias, de Valor (Value) ou de Crescimento (Growth), apresenta melhor desempenho, seja de retorno absoluto ou de relação risco-retorno, para os acionistas, ou seja, averiguar qual dessas estratégias se revela mais interessante em cada momento e ao longo de um período mais extenso para o investidor. [METODOLOGIA] Este trabalho adotará a metodologia de pesquisa empírica utilizando ações de empresas listadas na BOVESPA. A princípio, serão construídas carteiras de ações de crescimento e de ações de valor, que serão usadas para comparar os desempenhos das duas estratégias, por meio de rentabilidade absoluta e da análise de relação risco-retorno, usando para tal, índices, como o índice de Sharpe. Iremos considerar no estudo em questão, o período compreendido de 2002 até 2008, com dados mensais de preços e informações das empresas provenientes do sistema Economática. As análises serão realizadas para todo o período, e por sub-períodos, para que haja rebalanceamento das carteiras, que capturarão mudanças de mercado, e diferentes horizontes de investimento utilizados pelo investidor. A montagem das carteiras será baseada em variáveis fundamentalistas, sendo utilizados, essencialmente, conforme a revisão da literatura, os indicadores VPA/P (Valor Patrimonial por Ação sobre o preço unitário da ação) e L/P (Lucro sobre o preço da ação). Dessa forma, as ações que apresentarem os maiores valores para estes critérios serão classificadas como ações de valor e as que apresentarem os níveis mais baixos para esses indicadores farão parte das ações de crescimento. [RESULTADOS] Os resultados obtidos confirmam as tendências e observadas em estudos anteriores, nos quais prevalece, tanto em retornos absolutos quanto em relação ao risco-retorno, a estratégia de investimento em ações de valor sobre a de investimento em ações de crescimento. [CONCLUSÃO] Pelos resultados obtidos na pesquisa, aliados aos demais estudos realizados até então acerca do tema, pode-se concluir que a estratégia de investimentos em ações de valor mostra-se, no longo prazo, freqüentemente superior a estratégia de investimentos em ações de crescimento, costumando apresentar retornos absolutos superiores e menor relação risco-retorno.

Departamento: 

CFC