[INTRODUÇÃO] Esta pesquisa analisa de maneira objetiva os dados referentes à recepção e acomodação de turistas que visitaram a cidade de São Paulo em razão da Copa do Mundo de 2014, realizada entre os meses de junho e julho. O município teve destaque na competição, ao receber a cerimônia e partida inaugural do torneio e mais outros cinco jogos. Graças ao calendário do projeto, foi possível avaliar as expectativas iniciais, anteriores ao início do Mundial, e alguns números consolidados já após o fim da Copa do Mundo, comparando-os. [METODOLOGIA] A metodologia utilizada nesta pesquisa é descritiva, com abordagem geral do projeto mista, unindo informações quantitativas (no que se refere aos meios de hospedagem, por exemplo) e qualitativas (número de unidades hoteleiras e de turistas, por exemplo). Consultas iniciais a livros relacionados a Turismo, Prestação de Serviços e Qualidade em Serviços foram feitas para entendimento do referencial teórico do projeto. Para obtenção dos dados, a pesquisa foi feita em fontes virtuais, destacando-se a SPTuris (empresa de turismo e eventos da cidade de São Paulo) e o Portal 2014, com diversas informações fornecidas por vários Ministérios para a realização da Copa do Mundo. Foi feita também uma entrevista com o Sr. Caio Luiz Cibella de Carvalho, que, entre diversos cargos e funções ocupados na área do Turismo brasileiro, destaca-se na chefia do Ministério do Turismo entre 2002 e 2003. [RESULTADOS] Cerca de 540 mil turistas estiveram em São Paulo no período da Copa do Mundo, motivados pela sua realização. Eles gastaram em torno de R$ 1,8 bilhão, ante um gasto do município de algo entre R$ 30 e R$ 40 milhões. Destaca-se a importância do estrangeiro na economia: ele gasta, em média, mais do que o dobro, se comparado a um turista nacional. Destaca-se também a avaliação positiva no que concerne aos serviços de hospedagem da cidade: 62% creditam como bom ou ótimo. [CONCLUSÃO] A cidade de São Paulo, ao final da Copa do Mundo FIFA 2014, mostrou-se preparada para recebê-los no período. Com média de 60% de ocupação das unidades hoteleiras, vale concluir que não foram necessários hotéis no litoral ou no interior para que os turistas se acomodassem, conforme previsões anteriores ao Mundial indicavam. Além disso, os principais pontos de hospedagem foram os considerados mais simples, refletindo o perfil dos turistas: na maioria jovens em busca de preços baixos. Outros tradicionais eventos do calendário paulistano não deixaram de acontecer, o que poderia ocasionar prejuízos à economia do município. Eles foram alocados em outras datas, mantendo o mercado aquecido o ano todo, graças a essa compressão do calendário. O estudo conclui, então, que a infraestrutura hoteleira e de serviços de hospedagem na cidade de São Paulo para a Copa do Mundo de 2014 superou as expectativas no que diz respeito à qualidade dos serviços prestados e no número de turistas atendidos.