INDICADOR ALTERNATIVO DE POTENCIAL ECONÔMICO BASEADO NO CONSUMO DE ENERGIA ELÉTRICA: ABORDAGEM A PARTIR DO COMPORTAMENTO FINANCE

Autor(es): 

Fernanda Barsante Nicolela - Orientador: Eduardo Rezende de Francisco

Ano: 

2020

[INTRODUÇÃO] O presente trabalho busca investigar o comportamento financeiro das famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Estado de São Paulo com vistas a construção de um indicador alternativo de potencial econômico, baseado em variáveis oriundas das empresas de serviços públicos, como o consumo de energia elétrica.  Isto porque, uma vez que o tradicional indicador utilizado para obter informações sobre a situação econômica das famílias brasileiras não é significativamente preciso - sujeitos a super declaração, sub declaração, recusa e sazonalidade da fonte do rendimento das famílias (FRANCISCO, 2010; BUSSAB; FERREIRA, 1999), um novo indicador se faz necessário no sentido de propiciar informações atuais e atualizáveis sobre a renda das famílias e, assim, auxiliar o direcionamento e ajuste de políticas públicas assistenciais.[METODOLOGIA] Para obter os resultados acerca do indicador alternativo de potencial econômico, a pesquisa concentra-se na análise e estudos de técnicas de Big Data e de métodos de inferência estatística - regressão linear, múltipla e espacial. Aplicou-se os modelos de Ordinary Least Squares (OLS), Spatial Autoregression (SAR), Geographically Weighted Regression (GWR) com vistas a identificar a dependência entre as variáveis Renda Domicilar dos inscritos no Cadastro Único e o Consumo de Energia Elétrica dos beneficiários da Tarifa Social de Energia e como elas estão distribuídas no espaço. [RESULTADOS] Como principais resultados do trabalho destaca-se que a Renda Domiciliar Média das famílias cadastradas no Cadastro Único tem relação negativa com o Consumo de Energia Elétrica Domiciliar daqueles que são beneficiários da Tarifa Social de Energia (TSEE) e positiva com o Índice de Desenvolvimento de Educação Básica (IDEB) das respectivas cidades – uma das variáveis selecionadas que corroboram com a renda em análise. [CONCLUSÃO] Esperava-se encontrar uma relação positiva entre renda domiciliar e o consumo de energia elétrica (quanto maior o consumo, maior a renda). Este fato permite questionar o quanto a TSEE diz respeito a condição econômica da família que usufrui do benefício social e o quanto outros fatores, tal como a distribuição de infraestrutura e acesso a bens de consumo com maior eficiência energética, podem também impactar esta relação. Cabe salientar que o presente estudo identificou que o consumo de energia elétrica médio de uma família beneficiária do TSEE é 156 kWh – sendo que uma geladeira antiga, em média, consome 150 kWh de consumo por mês.

Departamento: 

TDS

Anexos: