EVOLUÇÃO DA TRANSPARÊNCIA DAS EMPRESAS BRASILEIRAS NA ERA DO IFRS (2010-2014): ANÁLISE DO IMPACTO DA OCPC 07 NA EVIDENCIAÇÃO DE INFORMAÇÃO POR SEGMENTO (IFRS8 / CPC 22).

Autor(es): 

Jonas de Barros Carvalho - Orientadora: Edilene Santana Santos

Ano: 

2016

Instituição: 

FGV-EAESP

[INTRODUÇÃO] O objetivo da pesquisa aqui proposta é se houve diferença no grau médio de disclosure das empresas comercializadas na bolsa de São Paulo (BOVESPA), entre os anos de 2010 e 2014 no que tange a nota CPC 22, Informações por Segmento. Um objetivo secundário é descobrir quais variáveis preditoras influenciam no grau da qualidade das informações disponíveis aos investidores. As variáveis escolhidas são: alavancagem, rentabilidade, tamanho, governança, possui ou ADR na NYSE e é auditada por uma “Big Four”. [METODOLOGIA] A população considerada para os cálculos estatísticos é formada por 266 empresas que disponibilizam suas informações por possuírem ações comercializadas na BOVESPA. Foram selecionadas 266 empresas, pois está compatibilizado entre as duas pesquisas. Visando a compatibilização dos dados, as empresas que participaram por processos de falência e que por consequência não possuem informações no ano de 2014, foram excluídas do banco de dados para ambos os anos. Foi feito um checklist no qual existiam quatro critérios de respostas: (Sim): A empresa divulgou a informação, NA (Não se Aplica): A empresa deixa explícito nas Notas Explicativas que o referido item de divulgação não lhe é aplicável, NN (Não Compliance): A empresa não divulgou determinado item de divulgação, mas foi possível identificar que esse item lhe era aplicável e NI (Não Informado): A empresa nada mencionou sobre um item de divulgação nem deixou explícito que esse item não lhe era aplicável. A partir do checklist foi possível calcular os índices de análise para comparação com o ano de 2010. [Resultados] A média do índice 1 em 2010 foi de 14,9% em 2014 o aumento foi de 117% alcançando o valor de 32,4%. A média, analisando o índice 2, que é mais condescendente, pois exclui aquelas empresas que nada disseram, foi de 73%. O teste entre médias de duas amostras comprovou essa melhora a partir de um valor-p (0,00) menor do que alfa (0,05). No que tange as regressões, seis varáveis predito rãs foram escolhidas, porém somente duas possui efeito no grau de disclosure. Essas são: possuir ADR na NYSE e ser auditado por uma “Big Four”, ambas são válidas com um alfa de 10%. [CONCLUSÃO] Esse estudo mostrou que houve uma melhora na qualidade das informações disponíveis para os investidores após a primeira pesquisa feita no ano de 2010. Além disso, mostrou que o fato da empresa possuir ações comercializadas na bolsa internacional de Nova Iorque – NYSE implica em maior qualidade nas informações e consequentemente um maior índice de disclosure. Concomitantemente a isso, a empresa que é auditada por uma das quatro maiores companhias de auditorias denominadas “Big Four”, também altera o grau das informações ao investidor e o índice de disclosure.

Departamento: 

CFC

Anexos: