[INTRODUÇÃO] A presente pesquisa aplicou o modelo de fronteira estocástica de produção para o comércio brasileiro de forma a identificar as fontes de crescimento do setor, sendo elas: acumulação de capital, emprego de mão de obra e produtividade total dos fatores (PTF). Segundo Kumbhakar (2000), a evolução da PTF é decomposta em: eficiência técnica, mudanças da eficiência alocativa e efeitos de escala. Os dados utilizados nesse estudo são provenientes de pesquisas do IBGE e abrangem o período de 1997 ate 2000, de todos os Estados e da Federação Brasileira. [METODOLOGIA] As etapas constituintes deste estudo foram:1) pesquisa da bibliografia sobre teorias da produção, da produtividade e crescimento; 2) análise empírica da função de produção, por região e segmento do comércio de acordo com a divisão da PAC - Pesquisa Anual do Comércio do IBGE; 3) quantificação, por meio de dados de painel (seção transversal e séries de tempo) dos diferenciais de produtividade e sua evolução. [RESULTADOS] Por meio da análise estatística percebeu-se que o modelo mais adequado para a estimação da fronteira do comércio é o de Cobb-Douglas. Os resultados gerados pela estimativa de fronteiras determinísticas se mostraram em geral piores que os gerados pelas fronteiras estocásticas, conforme o esperado teoricamente. [CONCLUSÃO] Este estudo possibilitou a constatação de que o progresso técnico não é significativo no comércio, com exceção do setor atacadista, apesar do tempo analisado ser relativamente curto; mostrou também um elevado nível de eficiência em todos os setores do comércio, sendo este, contudo, um pouco inferior no setor atacadista, setor no qual a variância da eficiência é maior do que nos demais.