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[INTRODUÇÃO] A cada dia que passa, vemos crescer a importância dada à ética. Os debates estão presentes na mídia, no meio acadêmico e nas empresas, prinicipalmente. Entretanto, embora muito já tenha sido dito sobre o tema, ele encontra-se mal definido e com alguns aspectos nebulosos. Este trabalho tenta compreender os fatores que levaram a sociedade a se voltar às questões ética e a exigir este tipo de comportamento das empresas, bem como analisar as práticas de Recursos Humanos com relação ao tema proposto. [METODOLOGIA] No presente trabalho, utilizaram-se duas abordagens de discussão: 1. análise de referência bibliográfica, através de livros de RH, sociologia, psicologia, filosofia e cultura organizacional; artigos de revistas especializadas e de assuntos gerais; Teses de Mestrado e de Doutorado e artigos retirados de sites especializados da Internet. Esta variedade de temas não poderia ser evitada, pois as fronteiras de discussão e os campos de estudo da ética não se encontram bem delimitados, principalmente, quando se fala de ética empresarial. Tal fato pode, ao mesmo tempo, contribuir para o enriquecimento da discussão, mas também causar uma dificuldade extra ao pesquisador. 2. pesquisa de campo, através do envio de carta a 18 empresas selecionadas no guia Melhores e Maiores, ou no guia 100 Melhores empresas pra você trabalhar, ambos publicados pela revista Exame de 2001, ou no ranking de empresas mais dinâmicas do jornal Gazeta Mercantil, de 2001. O critério de seleção foi a relevância destas corporações no cenário econômico atual, através da presença constante na mídia e nas discussões acadêmicas. A solicitação era de que fosse realizada uma entrevista com o Diretor ou Vice-Presidente de RH das empresas. Foi, para tanto, elaborado um questionário de 17 perguntas relacionadas à ética e às práticas de RH nas companhias pesquisadas. [RESULTADOS] A pesquisa de campo permitiu confirmar aquilo que está presente na literatura sobre RH e ética. Constatou-se que as organizações estão adotando, com cada vez mais freqüência, práticas internas que privilegiem a qualidade de vida de seus funcionários e que evitem problemas éticos que possam denegrir sua imagem no mercado. Percebeu-se, também, que a questão ainda é delicada para a maior parte das empresas, já que somente 4 das 18 inicialmente contactadas aceitaram participar da pesquisa. Duas recusaram alegando já atenderem outros estudantes e as demais nem mesmo entraram em contao. [CONCLUSÃO] A dinâmica social atual e a realidade empresarial e capitalista pressupõem um novo tipo de ética: a ética empresarial. Ela propõe uma aplicação pragmática do conceito, buscando harmonizar as relações da empresa com os indivíduos que dela fazem parte e ou com ela se relacionam. É a tentativa de conciliar os conflitos valores pessoais x valores organizacionais. Entretanto, agir eticamente é muito mais do que decorar os Códigos de Ética e as Políticas Organizacionais. A questão passa por mudança de cultura e de atitude. Muitas corporações já perceberam isso, mas poucas conseguiram implementar mudanças culturais éticas. A maioria ainda evita falar do assunto e “engatinha” nesta questão, através de treinamentos sobre os Códigos de Conduta para seus empregados. Há que se ressaltar, no entanto, que este movimento já é um grande avanço e que a tendência é ele ser cada vez mais difundido e implementado. Diante deste fato, não se pode perder de vista a importância do papel da área de Recursos Humanos, como facilitador e integrador das mais diversas áreas organizacionais.