CULTURA DE VIZINHANÇA - IDENTIDADE INDIVIDUAL E VIDA URBANA

Autor(es): 

Gilberto K. Orara e Marina F. Oliveira - Orientadora - Profª Marina Camargo Heck

Ano: 

1995

[INTRODUÇÃO] O processo acelerado de urbanização teve um impacto significativo nas relações sociais, em detrimento da esfera de vida pública, propiciando um forte isolamento na vida privada. Apesar disso, é nossa hipótese de trabalho que ainda há lugares, na cidade de São Paulo, que mantêm características de um modo de vida de "vilarejo", pois o impacto da urbanização não é homogêneo. Para verificá-la, serão comparados os dados coletados na cidade de São Paulo e em Botucatu, cidade do interior que ainda mantém fortes características de vilarejo. [METODOLOGIA] A metodologia deste trabalho consiste primeiramente num levantamento e análise bibliográfica, basicamente na área de urbanização e modo de vida. A partir disso, foi feita uma pesquisa de campo composta de: definição dos locais de investigação (nas cidades de São Paulo e Botucatu) mapeamento dos locais (fotos, plantas, desenhos) e observação participante. Para coleta de informações, foi desenvolvida um check list para definir o tipo de informação a ser coletada; formulação de um questionário e aplicação de entrevistas abertas, complementadas com uma entrevista em profundidade por localidade. [RESULTADOS] Constatou-se a existência de focos que mantêm as características de sociabilidade do tipo "vilarejo", isto é, de transição entre as esferas pública e privada, apesar da tendência predominante do modo de vida urbano. [CONCLUSÃO] Na medida em que o processo urbanizador ganha maiores proporções e avança em todas as direções, a sociabilidade é afetada e se transforma. A rua passa a compor um dos instrumentos do fluxo urbano, perdendo suas qualidades de espaço social, estimulando cada vez mais a reclusão ao universo privado. No entanto, ainda existem focos na grande cidade em que as relações sociais ainda prevalecem como um fator de qualidade de vida. (CNPq)

Departamento: 

FSJ

Anexos: