A COOPERATIVA COMO ESTRUTURA ORGANIZACIONAL NO CONTEXTO DA COMPETITIVIDADE GLOBAL

Autor(es): 

Cinthia Menutole - Orientadora: Profª Geni Satiko Sato

Ano: 

1997

[INTRODUÇÃO] Esta pesquisa aborda inicialmente o histórico do movimento cooperativista, identificando ideologias e princípios, estruturas organizacionais, setores e legislação cooperativista. Aprofundando o tema, procurou-se analisar por que os pioneiros de Rochdale e a Aliança Cooperativa Internacional (ACI), tanto insistem na democracia e na autonomia cooperativista, e que medidas e processos adotaram os pioneiros de Rochdale e a A.C.I. para tornar efetivo e autônomo o processo democrático nas organizações cooperativistas. Num segundo momento, procurou-se analisar a experiência concreta de um segmento de cooperativas existentes no Brasil, avaliando sobre essas o impacto da globalização e identificando o caminho alternativo da reestruturação como saída para os problemas de seu desenvolvimento. [METODOLOGIA] A metodologia utilizada é de natureza exploratória, tanto para aspectos teóricos como empíricos, ou seja, foram levantados os principais aspectos teóricos publicados sobre organizações cooperativas e estruturas organizacionais, necessários para a análise do caso da empresa cooperativa. As fontes utilizadas são de natureza primária e secundária. Inicialmente foram exploradas as fontes secundárias. Como fontes primárias foram levantados dados adicionais e informações junto à cooperativa a ser estudada, no caso, a UNIMED, um Complexo Cooperativo composto de Cooperativas de Trabalho Médico, de Crédito e de Usuários. [RESULTADOS]. As fontes secundárias permitiram determinar um painel geral sobre o desenvolvimento do cooperativismo, sua origem, evolução histórica, desenvolvimento das leis e modelos cooperativistas. A partir das fontes primárias foi possível contextualizar o desenvolvimento de um dos modelos que mais cresceu nos últimos anos no Brasil, o Cooperativismo de Trabalho. A revisão bibliográfica também permitiu identificar que a organização cooperativa é bastante, diferenciada, não só em seus aspectos legais, mas quanto a dupla qualidade dos cooperados da empresa cooperativa, de ser usuário-proprietário, característica denominada por Benecke (1980) de critério de identidade". [CONCLUSÃO] Através dos dados da UNIMED, conseguimos identificá-la como Complexo Cooperativo, pois apresenta uma estrutura de Confederação em nível nacional e também uma extensão horizontal, através de uma Cooperativa de Crédito e uma Cooperativa de Usuários, incluindo outras unidades na América Latina. Constatamos que os princípios da democracia são preservados nas Cooperativas UNIMED. O estudo de um caso não possibilita generalizações para outras cooperativas, porém é bastante útil na geração de hipóteses para pesquisas posteriores. Uma hipótese preliminar desse trabalho é que "as cooperativas, apesar de não buscarem a maximização, do lucro para seus cooperados, buscam formas de ser tão competitivas quanto outras empresas capitalistas".

Departamento: 

ADM

Anexos: