COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR DE BAIXA RENDA EM RELAÇÃO AOS POLOS VAREJISTAS

Autor(es): 

Daniel Ribeiro Borges Manzano - Orientador: Prof. Juracy Parente

Ano: 

2013

Instituição: 

FGV - EAESP

[INTRODUÇÃO] Este estudo investigou as preferências dos varejistas na localização de suas lojas em polos de rua e shopping centers e a participação pública na revitalização dos polos varejista de rua. Realizou-se entrevistas com dois grupos de comerciantes, pequenos e grandes, a fim de identificar quais as vantagens e desvantagens na localização de shopping centers e polos de rua e procurou-se observar quais são os obstáculos enfrentados por aqueles instalados nesta última opção. Foram entrevistados também agentes públicos para se investigar qual o nível de compromisso e de atuação do setor público quanto à revitalização das áreas de polos de rua, o modo de decisão e os cuidados com o comercio instalado ali, tomando-se como base as intervenções que vem ocorrendo no polo varejista de rua do Largo da Batata, localizado na região de Pinheiros. [METODOLOGIA] A metodologia de nossa pesquisa teve uma abordagem qualitativa, mais apropriada para estudos exploratórios. Foram realizadas ao todo 16 entrevistas pessoas, correspondendo a 4 entrevistas com pequenos varejistas, 4 entrevistas com grandes varejistas, 5 entrevistas com agentes públicos brasileiros e uma entrevista com agente público norte americano, a fim de compreender a fundo a dinâmica dos polos comerciais de rua, concentrando-se nossos estudos na complexidade do Largo da Batata, região que passa no momento por processo de modernização através das obras da prefeitura.  [RESULTADOS] Enquanto o setor público defende as obras públicas realizadas na região do Largo da Batata como necessárias ao desenvolvimento urbano e social da cidade os comerciantes reclamam os impactos que seus negócios vêm sofrendo com as mudanças realizadas e a redução do movimento de clientes. Verificou-se que era que a obra impactava negativamente o comercio da região. Grande parte da reclamação dos comerciantes foi feita pelo fato da eliminação dos pontos de ônibus – espalhados ao longo de todo o Largo da Batata-, que acabavam por aumentar o fluxo de consumidores nas lojas da região.  [CONCLUSÃO] Observou-se a necessidade de se estabelecer maior diálogo entre os agentes públicos e o comércio da região impactada pelas as obras. Também surgiram dúvidas quanto aos benefícios gerados à sociedade com as mudanças implementadas.  Não houve interesse público na preservação das características e atrativos do Largo da Batata que atraiam os consumidores e o tornava um importante polo varejista de rua em São Paulo.

Departamento: 

MCD

Anexos: