Este trabalho teve como objetivo compreender como as disrupções afetam firmas que compõem as cadeias agroexportadoras. O objeto deste estudo foi a cadeia da carne de frango que sofreu um revés, em nível mundial, a partir de focos da gripe aviária. O foco foi dado às influências deste evento disruptivo nas firmas nacionais. A base teórica no tocante às cadeias de suprimento, redes e gestão de eventos disruptivos foi adquirida a partir de pesquisas e publicações que contribuíram para a melhor compreensão do tema, bem como livros e teses. Foi identificado neste trabalho, construído a partir de dados secundários, que a cadeia agroexportadora da carne de frango brasileira pode estar já entrando em um período de crise em suas exportações. São então necessários esforços que podem ser aplicados para limitar o impacto de eventos disruptivos, como a gripe aviária. Sendo que o “gerenciamento de crises” se refere à atividade organizacional antes, durante e após uma situação de crise, as firmas nacionais devem buscar maior comunicação entre as empresas envolvidas no negócio da carne de frango no mundo inteiro, para obter informações sobre procedimentos, práticas e soluções para os problemas comuns a todas elas. Maior conectividade entre as empresas dos países afetados e não afetados pela gripe aviária pode fazer com que a vulnerabilidade da cadeia nacional seja minimizada, e a resiliência frente a rupturas, maximizada. Para tanto, faz-se necessário que as empresas ajam estrategicamente em suas redes de negócios, construindo maior número de laços fortes, que favorecem o fluxo de informações para a prevenção aos desastres. Com um maior fluxo de informações, o produtor nacional poderá ainda realizar projeções de exportação mais realistas, podendo assim estar preparado para um futuro de incerteza em relação à demanda do seu produto.