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[INTRODUÇÃO] O presente trabalho de pesquisa tem como objetivos centrais entender de forma detalhada a recente crise econômica mundial e identificar mudanças no comportamento e estratégias dos bancos de investimento que atuam no país. Para tanto, tem-se como objetivos específicos descobrir alterações na gestão de risco dessas instituições, comparar o volume de negócios nos momentos pré-crise e pós-crise, e identificar mudanças de foco nos diferentes setores da economia em que as empresas atuam. Além disso, os dados obtidos com a pesquisa em bancos nacionais serão confrontados com os obtidos em bancos estrangeiros para identificar quais foram os mais afetados. [METODOLOGIA] Inicialmente, o foco foi a coleta de dados referentes à conjuntura econômica dos anos anteriores a crise para entender a circunstancia em que a crise estava inserida. Para tanto, utilizou-se relatórios fornecidos pelos bancos de investimentos, nos quais pode-se encontrar a análise de conjuntura feita pelos mesmos. Finalizando as análises feitas por meio dos dados secundários referentes ao período pré-crise, buscou-se analisar as principais medidas tomadas pelos bancos de investimentos no que se refere aos primeiros meses da crise, ou seja, as ações tomadas para reduzir os efeitos imediatos e evitar perdas generalizadas, além de buscar identificar os resultados obtidos por meio dessas medidas. Para tanto, foram necessárias entrevistas com os gestores dessas instituições financeiras, uma vez que essas decisões eram encontradas em fontes secundárias de forma muito superficial. Os dados coletados por meio das entrevistas foram analisados de modo a tentar identificar semelhanças e diferenças entre os bancos pesquisados, e assim gerar conclusões a respeito da questão da pesquisa. [RESULTADOS] A partir da tabulação e análise dos dados obtidos por meio das entrevistas chegou-se a resultados bastante semelhantes entre os bancos. Ficou claro que a crise financeira afetou negativamente a receita das instituições analisadas, de tal forma que todas que foram entrevistadas afirmaram que o momento imediatamente posterior à crise foi marcado por uma forte queda do volume de negócios. Além disso, a crise fez com que os gestores dessas carteiras migrassem para papeis de setores que eles chamam de defensivos, ou seja, ações de empresas que seriam menos afetadas, como as concessionárias de rodovias, telecomunicações e utilities. Com relação às estratégias futuras desses bancos, foi constatado que a sustentabilidade da economia brasileira, que sofreu menos que outras em função da crise, e os compromissos assumidos pelo país, como a Copa do Mundo e as Olimpíadas, são grandes responsáveis por uma tendência que foi apontada por todos os entrevistados, o foco no setor de infraestrutura. [CONCLUSÃO] Pode-se concluir que a crise financeira afetou negativamente grande parte das instituições financeiras, inclusive os bancos de investimento. Constatou-se uma tendência nesse mercado em relação ao foco das operações, que passaram a ser voltadas para os mercados emergentes, os quais sofreram menores efeitos da crise. Assim constatou-se que essa mudança se concentra no setor de infraestrutura, que por natureza econômica se mostra um setor mais estável, com um alto potencial de crescimento dado a sustentabilidade da economia brasileira e os compromissos futuros assumidos com relação à Copa do Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016.