AFINAL DE CONTAS, O QUE SÃO INCUBADORAS DE EMPRESAS?

Autor(es): 

Tarik Kadri Duarte - Orientador: Prof. Gilberto Sarfati

Ano: 

2018

Instituição: 

FGV-EAESP

[INTRODUÇÃO] As incubadoras de negócios, são uma das primeiras formas de organização com o objetivo de equilibrar as forças entre players já consolidados e empreendimentos nascentes, além de fornecer o ferramental necessário para que esses empreendimentos consigam sobreviver à competitividade do mercado. E isso porque, cerca de 18,06% das startups fecham nos dois primeiros anos de funcionamento, 66,67% duram de dois até cinco anos de existência e 73,68% encerram suas operações após cinco anos, segundo estudo de 2016 da Startup Farm. Dessa forma, estudar as incubadoras, é estudar sobre os processos de gestão que possibilitam o desenvolvimento de novas empresas e sobre a eficiência operacional, enquanto pilar da competitividade de mercado. O presente estudo, objetivou justamente entender mais a fundo como as incubadoras se organizam para promover as empresas entrantes no mercado, partindo do princípio de que os modelos de incubação não são homogêneos, ainda que possam ser estudados em agrupamentos. Assim, esse trabalhou foi montado pensando em contribuir com dados primários recentes à comunidade científica, sobre o perfil das incubadoras de negócios brasileiras. [METODOLOGIA] Como o conhecimento gerado, exclusivamente sobre os processos das incubadoras, é ainda muito superficial no Brasil (se comparado com estudos internacionais), foi usada a metodologia de pesquisa exploratória. Com ela, foi possível observar e caracterizar o panorama geral das incubadoras à nível nacional, desconsiderando premissas já concebidas, para que a pesquisa desenvolvesse as suas próprias. Dito isso, a pesquisa no formato de uma survey foi encaminhada a todas as incubadoras do Brasil (de conhecimento da ANPROTEC e demais bases de dados publicadas), para seus respectivos gestores ou administradores encarregados. O conteúdo da survey foi composto de perguntas divididas em dez tópicos, que abrangessem informações gerais, parcerias institucionais, os programas de incubação, atividades de mentoria, tipos de financiamento, os participantes (ou empresas residentes), o processo de aplicação e graduação, além das métricas monitoradas e publicadas pelas incubadoras. [RESULTADOS] Com o fim da coleta, foi possível atingir um universo amostral que correspondesse a cerca de 10% da atual população de incubadoras (segundo as estimativas mais atuais). Os resultados foram estudados, seguindo parâmetros estatísticos de proporção amostral. Ao final, foi possível determinar com relevância, alguns pontos condizentes com a atual literatura existente sobre o tema, além de destacar os pontos mais relevantes sobre os processos e as estruturas das incubadoras brasileiras. [CONCLUSÃO] Os resultados obtidos, objetivam incentivar pesquisas mais aprofundadas sobre as incubadoras brasileiras e com isso trazer à tona uma discussão sobre a sua eficiência operacional e relevância de mercado para os próximos anos. A caracterização de suas atividades é bem fundamentada na literatura existente, no entanto o entendimento (e justificação) do formato das suas estruturas operacionais permanece ofuscado. Futuros estudos devem também considerar análises comparativas entre as incubadoras (com um histórico já acumulado) e as aceleradoras, enquanto ascensão de um novo modelo de promoção de empreendimentos nascentes.

Departamento: 

ADM

Anexos: