ABERTURA DE CAPITAL EM BANCOS BRASILEIROS

Autor(es): 

André Won Suk Kim - Orientador: Prof. Rafael Felipe Schiozer

Ano: 

2009

Instituição: 

FGV-EAESP

[INTRODUÇÃO] - Os objetivos desta pesquisa são, primeiro, traçar um panorama geral dos IPO´S ocorridos no Brasil recentemente, verificar com as coletas de dados específicos, como o volume captado, número de acionistas, presença de investidores institucionais e estrangeiros nas emissões e setores que mais emitiram. Como segundo objetivo, verificaremos o desempenho das ações das empresas que fizeram IPO, formulando de carteiras eficientes dessas ações e comparando seu nível de risco e retorno às demais empresas de capital aberto. Uma das tarefas executadas nesta pesquisa foi à construção de carteiras de empresas de diversos setores, em especial pela montagem de portfólios eficientes em termos de risco-retorno. A elaboração das fronteiras eficientes de carteiras de ações exige um conhecimento que engloba uma série de conceitos que foram vistos pelo aluno na sala de aula, e muitos outros que foram necessário ser conhecidos por estudos autônomos, ou seja, por meio de fontes de pesquisas. Grande parte do trabalho está fundamentada na teoria de carteiras, com base no clássico modelo de Markowitz. Também utilizaremos, para aferir os riscos sistemáticos e não-sistemático dos ativos, o Capital Asset Pricing Model (CAPM) e as métricas de desempenho associadas a esses modelos, como os índices de Sharpe, Treynor e Jensen. Esses conceitos serão brevemente descritos a seguir. [METODOLOGIA] Foram constituídos carteiras em três âmbitos distintos: setores de Minas e Energia, de Bancos e de investimento estrangeiro. Essa escolha se deve a um raciocínio descrito na pesquisa. Cada um desses segmentos foi subdividido em duas fronteiras: empresas que abriram o capital antes de 2004, e empresas que abriram o capital entre 2004 e 2007. Para efeito de comparação utilizaram-se do desempenho das carteiras ao longo do ano de 2008, além do retorno acumulado individual da ação e do Beta. [RESULTADOS] – Na comparação entre as empresas de Minas e Energia que fizeram o IPO antes e depois de 2004, tem-se que o desempenho durante o ano observado, em 2008, é relevantemente diferente. De uma maneira geral, o desempenho das ações consideradas “blue chips”, empresas com maior liquidez e visibilidade no mercado de ações, foi superior. Na comparação das carteiras compostas por bancos que fizeram o IPO antes de 2004 e os que fizeram entre 2004 e 2007, foi notada uma grande diferença de retorno no período de 2008 entre elas. Enquanto que a carteira constituída apenas pelos maiores bancos do país (IPO´S antes de 2004), os quais detêm as bases mais sólidas do sistema financeiro brasileiro, apresentou um retorno negativo menor que seu benchmark, o Ibovespa. Por fim, a participação do investimento estrangeiro reflete ligeiramente no retorno da carteira, sendo que foi detectado que o segmento de atuação da empresa é mais importante para que o investidor estrangeiro aplique na empresa. [CONCLUSÃO] - De maneira geral, os resultados apresentados da pesquisa corresponderam às expectativas. Isso porque o cenário macroeconômico utilizado, além das empresas comparadas na análise, já permitia antever uma pequena demonstração do que os resultados seriam. E o ano de 2008, o qual representou um momento de crise global não vista desde a Grande Depressão de 1929, influenciou no comportamento e resultado desta pesquisa. As empresas consideradas maduras, as quais fizeram o IPO antes de 2004, apresentaram um resultado mais satisfatório, em termos de risco-retorno, em relação às empresas que fizeram o seu IPO entre 2004 e 2007. Isso porque o mercado possui menor aversão ao risco com empresas com maior tamanho de mercado, e isso pode ser observado através da análise dos portfólios comparados.

Departamento: 

CFC