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[INTRODUÇÃO] O principal objetivo deste artigo é mostrar a situação da economia informal e a sonegação de impostos no Brasil. Para atingir tal objetivo, são apresentados os diferentes conceitos sobre a “economia informal” utilizados por autores diversos. Além disso, são demonstradas as principais variáveis que influenciam no crescimento do setor informal de um país e, utilizando o conceito de marketing sobre a percepção de valor, debate-se sobre a forma como um indivíduo decide atuar na economia informal. [METODOLOGIA] Como forma de explicar tal fenômeno no Brasil, são apresentados diferentes métodos capazes de estimar a grandeza do setor informal. Classificam-se entre os métodos diretos, como é o caso da entrevista e os indiretos, os quais têm o foco na compreensão de dados secundários. Após expor tais medidas como forma de estimar o setor informal, a partir do resultado obtido por Arvate (2004) de que a economia informal chega a 39,4% do PIB do país, foi explicado e quantificado os principais fatores de influência no setor informal (carga fiscal, salário, risco e multa e situação no mercado de trabalho) apontados pela teoria do autor Schneider (2006). [RESULTADOS] Assim, foi possível comprovar a coerência e aplicabilidade da mesma no caso específico do Brasil. Ou seja, quase 50% da riqueza gerada pelas empresas são destinadas ao governo (carga tributária); há uma diferença próxima a 245% do salário no setor formal e informal (salário); existe alto um custo de oportunidade em relação às multas contra a ordem tributária dado pelo crescimento do poder aquisitivo dos indivíduos (risco e multa) e há um aumento mais que proporcional de pessoas ocupadas e pessoas com carteira assinada (situação do mercado de trabalho). [CONCLUSÃO] Portanto, foi possível, a partir dessa coleta de dados, comprovar a coerência e aplicabilidade da teoria de Schneider no caso específico do Brasil.