CONTRIBUIÇÃO AO CONHECIMENTO DA INDÚSTRIA TURÍSTICA EM SÃO PAULO

Autor(es): 

Dione May Yamamoto - Orientadora: Profª Gisela Black Taschner

Ano: 

2001

[INTRODUÇÃO] A indústria do turismo é responsável por estimular a economia mundial e assim, é valorizada por proporcionar empregos aos cidadãos de diversas localidades. No entanto, por não existirem muitas informações sobre como se desenvolveu o turismo e o lazer no Brasil, há o risco de haver uma formação deficiente da área e conseqüente prejuízo tanto para a sociedade como para os empresários. Assim, é extremamente importante a produção de conhecimento sistemático na área de turismo. Conhecer a evolução da hotelaria torna-se relevante, na medida em que a hospitalidade é uma das bases sobre as quais o turismo se desenvolve. Esse estudo deve contribuir para o conhecimento da formação da estrutura turística do Brasil, ajudando a trazer à luz algumas de suas características, de modo a subsidiar o processo de sua administração. [METODOLOGIA] A metodologia adotada na pesquisa está basicamente dividida em duas partes: na primeira pretende-se estudar, através de literatura especializada, a trajetória do desenvolvimento do turismo e, dentro dele, da hotelaria, em países do chamado Primeiro Mundo, tentando verificar as principais linhas de desenvolvimento, as características de cada uma, e as perspectivas do setor, na medida da disponibilidade de literatura sobre o assunto, uma vez que essa temática está ainda subteorizada; na segunda parte, com base nesse estudo bibliográfico inicial, pretende-se analisar o caso da formação do setor hoteleiro em São Paulo (cidade). [RESULTADOS] As formas de gestão hoteleira desenvolvidas nos EUA são as que prevalecem. O melhor exemplo é o da franquia, modelo de gestão e comercialização que encontrou fortes barreiras para a entrada na Europa, que continua tendo um mercado clássico quanto à hotelaria. Sua estrutura é basicamente do tipo individualista, com exploração familiar com estrutura de serviços e de capital mínimos, alheia às integrações verticais ou horizontais. A maior parte das hospedagens no País é administrada de forma direta pelos proprietários, pois elas se caracterizam como empreendimentos de pequeno e médio portes, voltados para as viagens domésticas. A cidade de São Paulo passa por uma explosão de empreendimentos hoteleiros, mudando o cenário da metrópole e multiplicando as oportunidades de negócio. [CONCLUSÃO] O panorama europeu está se modificando: a concorrência de preços, a projeção das marcas e o surgimento de formas econômicas de alojamento introduziram novas variáveis à indústria hoteleira No Brasil, as redes internacionais irão alavancar não só os investimentos na hotelaria, mas também contribuirão para elevar a exigência dos consumidores e para estimular a modernização e a profissionalização da indústria hoteleira. Acredita-se que as marcas líderes de hotéis concentrar-se-ão em menos mãos, despontando mais megacadeias, mas vão continuar surgindo também novas cadeias independentes, para atender a determinados nichos de mercado. Visando a sobrevivência num mercado de competição tão acirrado, os hotéis buscam novas estratégias, como buscar a sustentabilidade do turismo e a rentabilidade do negócio com alianças estratégicas. O consumidor da nova era busca os valores na qualidade dos serviços e na diferenciação dos atrativos. É fundamental que haja uma agregação das empresas não somente do mesmo segmento, mas também daqueles que se interligam. O risco de saturação do mercado de São Paulo torna-se pertinente no momento em que a chegada de novos grupos hoteleiros afeta o desempenho dos hotéis mal localizados e com infra-estrutura ultrapassada.

Departamento: 

FSJ

Anexos: