[INTRODUÇÃO] O acompanhamento da gestão dos recursos disponíveis numa organização representa um dos fatores do sucesso de uma instituição no cumprimento de seu objetivo. Desta forma, o registro, a mensuração e a análise do desempenho das operações são pontos cruciais na gestão organizacional. A unidade administrativa responsável pelo acompanhamento da gestão e controle dos recursos disponíveis para o processo de produção, bem como pela análise do desempenho das operações da empresa como um todo, é a Controladoria. Este trabalho tem como objetivo conhecer os nuances que diferenciam as empresas nacionais das empresas multinacionais no exercício da Controladoria, além de sua abordagem em indústrias, instituições financeiras, empresas prestadoras de serviços e organizações do terceiro setor. [METODOLOGIA] Através de revisões bibliográficas, questionários, entrevistas e trabalhos de campo, o foco do estudo foi descobrir o peso da Controladoria nas organizações e comparar o a sua abordagem em empresas nacionais e multinacionais. [RESULTADOS] Diante de um questionário que destrinchava profundamente as características da Controladoria praticada no Brasil, em conjunto com as entrevistas e trabalhos de campo, percebeu-se que o órgão Controladoria ainda não foi totalmente assimilado pelas empresas brasileiras, principalmente as de pequeno porte. Tendo muitas vezes acumulado funções da tesouraria, o órgão ainda não se consolidou de acordo com o referencial teórico de uma área de controle, além de muitas vezes estar subordinado a áreas que não possibilitam qualquer abertura para que a Controladoria possa exercer sua função principal: gerar informações para auxiliar a tomada de decisão e otimização de performance. Contudo, existe uma tendência clara de que quanto maior for o capital da empresa, mais desenvolvida a área estudada estará, independentemente do setor em que a empresa atua. Neste sentido, a únicas exceções foram as organizações de terceiro setor, nas quais nenhuma das organizações entrevistadas possuía sequer a área Controladoria. Porém, em empresas de capital estrangeiro, percebemos que existe uma clara convergência aos modelos propostos teoricamente da área Controladoria como gestora dos sistemas de informação, planejamento, avaliação, coordenação e acompanhamento. Mesmo nas empresas de origem estrangeira de pequeno porte operando no país, a área Controladoria esteve presente em todas as empresas estudadas, nem que atuando apenas como uma extensão da Controladoria da matriz. [CONCLUSÃO] A partir dos resultados apresentados, pudemos agrupar as conclusões em duas abordagens: a) Empresas nacionas x multinacionais: Em relação à nacionalidade das empresas estudadas, percebemos que realmente existe uma inclinação para que nestas empresas a Controladoria exista e cumpra integralmente a sua função, porém é evidente que esta característica surge muito mais do tamanho e porte de recursos destas empresas do que uma inclinação cultural. b)Empresas de serviços, instituições financeiras, indústrias e organizações do terceiro setor: Já em relação ao setor em que as empresas atuam, pode-se dizer que os setores pioneiros numa função de Controladoria bem estruturada e atuante são os setores financeiro e industrial. No setor de serviços, apesar de ser um setor onde a incidência da existência da área de Controladoria é alta, percebemos que em algumas das empresas as funções realizadas ainda sofrem algum tipo de distorção. Já as organizações de terceiro setor entrevistadas sequer tinham a área Controladoria, algo que aponta um amplo campo de desenvolvimento para esta área.