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[INTRODUÇÃO] O trabalho realizado teve por objetivo básico descobrir a relação existente entre o nível de endividamento da empresa brasileira e o seu retomo sobre o investimento, ambos medidos a partir de dados históricos das empresas. [METODOLOGIA] O trabalho teve como base de dados a publicação "Maiores e Melhores" ("Exame") dos últimos dez anos (nossa base de atuação). Tomou como amostra as três maiores empresas de cada um dos setores da indústria brasileira, segundo divisão da "Exame" de 1995. [RESULTADOS] Voltamo-nos, ao longo do trabalho, principalmente, para a análise dos indicadores nacionais. Passaremos a verificar a evolução do endividamento das indústrias do Brasil nos últimos dez anos e analisar suas relações com outros dois índices das mesmas empresas (liquidez geral e retorno sobre patrimônio líquido). Uma primeira constatação, e talvez a mais importante deste trabalho, é a de que não existe praticamente correlação entre endividamento e retorno, o que contraria um pouco nossa primeira expectativa, que seria demonstrar a relação entre risco (endividamento), e retomo (rentabilidade sobre patrimônio líquido) nas empresas brasileiras. [CONCLUSÃO] Esta primeira conclusão não nos deixa totalmente sem explicação, uma vez que reflete uma total falta de política de endividamento por parte das empresas brasileiras, fato que enriquece nossa análise. A correlação que encontramos entre o retomo e o endividamento se resumiu a meros -4%, ou seja, apenas 4% das observações são explicadas entre si. Um pouco mais explicada, porém ainda insuficiente, é a relação entre o retorno médio das empresas e o seu coeficiente de variação, ficando em 15% de correlação. A surpresa, a nosso ver, ficou por conta da correlação entre liquidez e retorno que chegou a 31%, o que significa que, em grande parte das empresas, conforme podemos analisar através do respectivo gráfico, quanto maior o índice de liquidez, maior a rentabilidade.