[INTRODUÇÃO] Estamos sabidamente numa era de inúmeras e profundas mudanças de toda ordem, que se refletem na vida das empresas e do consumo. De uma maneira geral, essas mudanças tem como causa primeira o acelerado processo de evolução tecnológica vivido atualmente. Tal processo influi diretamente no desenvolvimento de novos produtos pelas empresas, que lançam produtos com ciclo-de vida cada vez mais curtos, ao mesmo tempo tendo que se preocupar em adequá-los a um consumidor cada vez mais exigente, fruto de um maior grau de informação a ele disponível e de uma concorrência extremamente acirrada, ambos, por sua vez, ingredientes de um processo de globalização mundial. Dentro dessa perspectiva, nos propusemos a verificar o que as grandes empresas estão fazendo e o que elas podem fazer para se adaptar a essas condições expostas acima, assim como identificar alguns rumos que o comportamento do consumidor pode estar tomando. [METODOLOGIA] Foi realizada uma pesquisa bibliográfica com base nos textos citados no projeto, além de terem sido realizadas entrevistas com executivos da área de marketing. A pesquisa quantitativa junto a consumidores, indicada no projeto inicial, não foi realizada por entender-se que seus objetivos se mostraram exagerados e incompatíveis com um projeto de pesquisa desse porte. Preferiu-se, ao invés disso, dar um painel com base bibliográfica sobre os aspectos de interesse, mesmo porque alongar-se nessa vertente de nossa problemática seria motivo para realização de um novo projeto de pesquisa. Vale ressaltar que, para satisfazer mais diretamente os objetivos dessa investigação: 1) a análise desenvolvida neste trabalho referiu-se a produtos de consumo final; 2) focou-se muito mais o desenvolvimento de produtos do que o lançamento dos mesmos. [RESULTADOS] Pudemos observar que as empresas vem tentando adaptar-se as mudanças ambientais com novas abordagens para o desenvolvimento de novos produtos. Algumas delas muito bem sucedidas, outras nem tanto. Parece que, apesar de as empresas também serem agentes do processo de mudanças, muitas delas foram pegas de surpresa pela intensidade que tal processo tomou nos últimos tempos. Com o passar dos anos, há de se esperar uma adaptação mais rápida às novas tendências tecnológicas e necessidades do consumidor por parte das grandes organizações, criando estruturas e modos de funcionar que permitam isso. [CONCLUSÃO] Para que uma empresa seja constantemente competitiva nos dias de hoje, ela deve assumir uma postura diferenciada para novos produtos. Não é suficiente obter sucessos isolados, que logo se tomarão obsoletos. Não basta realizar planos seqüenciais bem elaborados e conduzidos. É preciso alterar o enfoque, pensar no desenvolvimento de novos produtos coadunado com a estratégia da organização. Estratégia essa que deverá estar totalmente voltada ao consumidor e ao atendimento de suas necessidades presentes e, particularmente, futuras. Ou seja, que traduza o que a alta administração pensa sobre os rumos tecnológicos e de mercado. Identificado isso, é preciso transformar tais idéias em produtos fisicos, e para isso é preciso haver uma interação especial com os técnicos da área de pesquisa e desenvolvimento. Ou, melhor ainda, formar equipes multidisciplinares com autonomia e responsabilidade no processo de desenvolvimento de produtos, ou de tecnologias-chave para o desenvolvimento de vários produtos. A formação de tais equipes, somada à uma administração flexível, ao compartilhamento de informações dentro da empresa e à utilização de novas técnicas para formulação: de design, proporcionarão uma rapidez bem maior no desenvolvimento de novos produtos. Rapidez, aliás, é uma palavra fundamental quando se fala de uma abordagem mais atual para novos produtos como, forma de se ganhar competitividade. Especialmente na era da informação, na qual os conhecimentos sobre o ambiente por parte dos estrategistas muitas vezes são semelhantes, fazendo a diferença quem traduzir primeiro informação, em uma ponta, a produtos de sucesso, na outra.