INTERNACIONALIZAÇÃO DAS EMPRESAS BRASILEIRAS: COMO AS EMPRESAS BRASILEIRAS FINANCIAM SUA INTERNACIONALIZAÇÃO E COMO ELAS MITIGAM OS RISCOS POLÍTICOS ENVOLVIDOS NESSE PROCESSO?

Autor(es): 

Vitor Yudi Matsumura Yao - Orientador: Prof. Richard Saito

Ano: 

2012

Instituição: 

FGV-EAESP

[INTRODUÇÃO] A globalização econômica fez com que as empresas brasileiras ganhassem destaque no mercado internacional. O número de empresas nacionais que se internacionalizaram nos últimos anos teve um aumento expressivo O presente trabalho têm como objetivos centrais estudar como as empresas multinacionais brasileiras financiam seus projetos de internacionalização e como observam e mitigam os riscos políticos dos países alvos de investimento. [METODOLOGIA] No primeiro momento, foi feita uma revisão da bibliografia relacionado ao tema da pesquisa, de modo a obter um maior entendimento sobre o processo de internacionalização de empresas e sobre o mercado de seguro de risco político. Após esta etapa foi elaborado um questionário, baseado nestes estudo prévio, que foi aplicado com executivos de empresas multinacionais brasileiras de modo a extrair as informações necessárias para responder os problemas de pesquisa. [RESULTADOS] Os resultados foram obtidos a partir da tabulação dos questionários respondidos pelos executivos. Os resultados mostraram que os principais drivers para internacionalização das empresas brasileiras são a busca por novos mercados e a oportunidade de explorar um mercado fragmentado. As principais regiões alvo das empresas brasileiras participantes da pesquisa no últimos dez anos foram o Mercosul e a América do Norte. Vale destacar que as empresas desta pesquisa não utilizaram agências de fomento (Ex: BNDES) em seus processos de internacionalização nos últimos 10 anos. Estas empresas buscaram utilizar capital próprio para financiar estas atividades de internacionalização, com exceção para as regiões da Europa e América do Norte, onde houve predominância do uso de mercado de capitas (local e internacional). Em relação aos riscos políticos, os resultados mostraram que o seguro de risco político não é uma ferramenta amplamente utilizada pelas empresas brasileiras. Houve apenas duas empresas que utilizaram este tipo de seguro em seus investimentos, e o principal motivo para a não contratação deste tipo de seguro foi o fato de que os riscos políticos nos países investidos não eram suficientemente representativos para justificar a contratação do seguro. Foi verificada a percepção de risco político por parte das empresas, os resultados mostraram que a América Latina possui uma percepção de risco moderada, o Oriente Médio e África (Norte) foram avaliadas como locais com alto risco político. As demais regiões tiveram uma baixa percepção de risco político. [CONCLUSÃO] As empresas brasileiras participantes destas pesquisa buscaram utilizar predominantemente capital próprio em suas atividades de internacionalização nos últimos dez anos. O risco político vêm sido observado cada vez mais pelas empresas em seus processos de internacionalização, porém o seguro de risco político ainda não é uma ferramenta amplamente utilizada pelas empresas brasileiras. Nota-se que o mercado para este tipo de seguro possui um grande potencial de desenvolvimento no Brasil.

Departamento: 

CFC