O processo das transformações e evoluções organizacionais é o fenômeno a ser estudado. As organizações evoluem e forjam suas estratégias de crescimento, dominância de mercado e rentabilidade sobre um portifólio de recursos e competências para obter sistematicamente uma vantagem competitiva. Este processo é operacionalizado por capacidades organizacionais que podem ser adquiridas, desenvolvidas, combinadas ou descontinuadas através de melhorias incrementais, redesenho e inovações em seus processos, produtos e serviços. A teoria de capacidades organizacionais se destaca pela explicação da heterogeneidade de desempenho entre as organizações, especialmente em ambientes de constantes transformações. Este estudo é composto de três artigos que têm o objetivo de analisar e explicar os mecanismos e o processo de transformação das organizações sob a lente da teoria de capacidades organizacionais. O primeiro artigo, explica de que forma as capacidades operacionais são configuradas pelas capacidades dinâmicas. Explora os seus impactos e propagação pela organização observando fatores inibidores e aceleradores no nível da rotina, funcional e interfuncional. Contribui em entender os mecanismos e esforços de configuração de um portifólio de capacidades e incentiva o diálogo entre as teorias de capacidades e de rotinas organizacionais. Instrumentaliza o gestor ampliando a sua visão para configurações de sua base de recursos em diversas situações de negócio como projetos de aquisições, fusões, alianças ou de mudanças tecnológicas. O segundo artigo, demonstra, através de um levantamento de enfoque longitudinal, o processo de evolução de capacidades organizacionais de uma empresa que atua no varejo de comércio eletrônico. Identifica os elementos da teoria de capacidades que influenciam na evolução e impactos na operação. Aumenta o diálogo entre as capacidades dinâmicas e as capacidades dinâmicas gerenciais e estabelece uma sustentação teórica para os modelos de negócios. Mostra a importância das capacidades dinâmicas para a prática em identificar e antecipar oportunidades, conduzindo a dinâmica da inovação e da transformação. Proporciona um instrumento que oriente as organizações nas escolhas e operacionalização de suas estratégias fundamentada na orquestração de rotinas e capacidades de que dispõem e que deverá possuir para obter vantagem competitiva. O terceiro artigo, identifica os elementos de gestão de startups. Estuda a interação entre capacidades dinâmicas, dinâmicas gerenciais e o ecossistema. Contribuiu em aproximar os estudos de empreendedorismo com estas correntes teóricas. Gerou um conjunto de conhecimentos que auxilia os atores dos ecossitemas em otimizar o seu relacionamento com as startups, além de um instrumento que auxilie os gestores em desenvolver e utilizar da melhor forma as suas capacidades dinâmicas e gerenciais.