Este estudo se propõe a discutir o sentido atribuído ao trabalho voluntário empresarial, na ótica dos funcionários participantes de ações voluntárias, através das empresas que são funcionários regulares. Tendo em vista o crescimento do número de participantes e empresas com esse tipo de ação à Responsabilidade Social, o objetivo dessa dissertação é identificar qual o sentido construído pelo funcionário a partir da participação em ações voluntárias promovidas pela empresa sobre o trabalho regular na organização, no intuito de explorar as significações para o indivíduo referente à atividade desempenhada. A pesquisa é de natureza qualitativa. Os dados foram analisados utilizando-se a análise de conteúdo, referida em Bardin (2006). Foram realizadas vinte e nove entrevistas em profundidade com funcionários que realizaram atividades voluntárias através da empresa, analisadas nas sete propriedades do Sensemaking (WEICK, 1995; WEICK, SUITCLIFFE, OBSTFELD, 2005) e Sensebreaking (LAWRENCE; MAITLIS, 2014). Os principais resultados do trabalho são: a caracterização do voluntariado corporativo nas sete propriedades do sensemaking (Identidade; Retrospecto; Enactment; Social; Processo; Pistas; Plausibilidade); a confirmação de que os funcionários participantes de ações voluntarias percebem transformações pessoais, Sensebreaking, de que o voluntariado corporativo é um tema complexo, porém significativo na vida das pessoas e dado que está inserido no contexto organizacional, merece ser profundamente estudado. A pesquisa traz uma contribuição acadêmica por avançar em estudos brasileiros em voluntariado corporativo, trazendo representações e sentidos atribuídos aos funcionários voluntários, além de contribuições práticas para as empresas que pretendem implantar ou aprimorar um programa de voluntariado.