Esta tese apresenta o primeiro experimento social realizado para analisar a discriminação de homossexuais no mercado de trabalho brasileiro. Chamado de teste por correspondência, foi conduzido um experimento que simula o contato entre o (a) empregador (a) e o candidato através do envio de currículos fictícios para vagas reais de trabalho. Todas as características produtivas do currículo de tratamento e de controle foram idênticas à exceção da experiência de trabalho voluntário. Por aleatorização, em um currículo foi sinalizado que o candidato trabalhou em uma organização gay (tratamento) e no outro currículo não (controle). A partir disto foi observado, em simulações com diferentes níveis de informação sobre a produtividade dos candidatos, se houve uma diferença sistemática entre seus respectivos call-backs – retornos de convites para continuidade do processo seletivo. Os resultados deste trabalho apontam que, em um cenário de maior assimetria de informação, ser associado ou identificado como homossexual tem um efeito negativo na probabilidade de contratação.